quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Exporta Samba e sua reunião de bacana



Relembro da primeira vez que vi a capa do LP Reunião de Bacana do grupo Exporta Samba na casa do DJ Lili que tinha uma equipe de som, acho que era a Brothers Som  ou algo do tipo. A capa estava lá estilosa naquelas caixas de feira, cresci o “zóio”. Viajei na ideia malandra, bom veja com seus próprios olhos.  Vale até citar o nome do responsável, coordenador da capa Elton Carvalho. Eles seguiram essa linha em outra capa também, a do LP Gabinete do Partido Alto lançado em 1981.

Musicalmente o disco Reunião de Bacana é uma pedrada, muito bom, com arranjos certeiros, batucada redonda, coral idem. E é recheado de músicas legais, já abre com Mole Que Nem Manteiga (Bidi) , com participação de Almir Guineto. Tem também Caboclo Porrete (G.Martins) do refrão grudento “macumba assim nunca vi , deixa a polícia saber...”.  Tem também a faixa Voltar a Paz (Sereno) que também foi gravada pelo Fundo de Quintal.  E as duas faixas que são um caso de polícia literalmente... Mato Queimado (Everaldo da Viola) que é um samba estilo Bezerra da Silva e Reunião de Bacana (Ary do Cavaco/Bebeto São João) e a sua chamada clássica “...se gritar pega ladrão!...” . Aliás eles participaram do Festival MPB Shell em 1980 com essa  música.  Só por essas faixas citadas o disco já vale muito.


O grupo é do Rio de Janeiro e data de 1969, gravaram o primeiro trabalho, Reunião de Bacana, em 1980 pela Kelo Music/K-Tel. A produção foi de Gabriel O’Meara com a ajuda de ninguém nada menos que ..Milton Manhães, nos famosos estúdios da Transamérica.  O Exporta Samba na época dessa gravação era formado por Betão no surdo, Beijoca no vocal e reco-reco, Serginho vocal e agogô, Beto Jards no pandeiro, Ratinho no cavaco e Joel no tamborim. Uma das figuras mais conhecidas do grupo era sem dúvida nenhuma o cavaquinhista e compositor Ratinho, um sambista talentoso e muito respeitado pelos bambas. Nas noites do Teatro Opinião chegaram a acompanharam grandes mestres como Clementina de Jesus, Martinho da Vila, Candeia, Cartola, Roberto Ribeiro, Dona Ivone Lara, João Nogueira e outros mais.

Desse disco, Reunião de Bacana, participaram das gravações dividindo os vocais na faixa Disputa de Crioulo,  Beto Sem Braço e na faixa Deixa Amanhecer, Rubens da Mangueira. Outros músicos que também participaram foram: Arranjos de Ivan Paulo, Jorge Corrêa na “regimentação” (sic como esta na ficha técnica), Gaguinho e Rubens no coro (sic), Almir Guineto coro e tamborim, “Birani” (aqui um adendo, erraram a grafia do nome do Ubirani) no repique e caixinha, Claumir no ganzá, Armando na tumba, Mauro no Tan Tan, Valmir cavaco, Aldo no baixo, Helio Capucci violão de 6, Rafael violão de 7, Pezão percussão geral e Théo na bateria. 

Eles lançaram ainda mais três LPs, um compacto e dois CDs, são eles: Gabinete do Partido Alto (1981/Kelo Music/K-Tel),  Xodó de Madureira e Barco da Esperança (compacto 1982/Copacabana), Lotação Esgotada (1982 /Copacabana), Valeu a Experiência (1987/Copacabana), Exporta Samba (em CD 1993/CID) e 40 Anos de Exporta Samba – Uma Reunião de Bacanas (2010/Gravadora Guitarra Brasileira). 

Exporte para você, clique na capa


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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Novos Crioulos na paz do swing



Os Novos Crioulos, poxa a única música que eu conhecia dos caras era o samba rock Samba da União, que é muito boa. Aliás essa música foi regravada pelos próprios nesse  CD de 1993 que o  blog dimiliduques vai deixar pra vocês. Porém com uma roupagem um pouco diferente, prefiro a original, mas é questão de gosto.  Eles a lançaram primeiramente no LP com o nome de Os Novos Crioulos em 1976 e a gravadora se chamava Pirata. 

O grupo é de São Paulo, numa foto deles prestei atenção numa inscrição que dizia "Moca" , bem na cuíca do Clovis Salvador, aí pensei ser o bairro da zona Leste. Apesar das poucas informações sobre eles, descobri que eles são na verdade do bairro da Casa Verde , zona Norte de São Paulo.

Outros detalhes que eu achei foi lendo a contracapa do raro LP de 1976, onde um prefácio assinado pelo diretor artístico e empresário  Abelardo Figueiredo, tece elogios ao grupo. Por lá também sabe-se que eles se apresentaram durante um bom tempo na casa de shows O Beco na Rua Bela Cintra nº 317 no bairro da Consolação.  Mas é só. Uma pena não ter nenhum registro acessível, mas se algum dia achar eu conto a história dos caras. 

Vamos falar do CD gravado por eles em 1993 chamado Prenúncio da Paz pela gravadora TNT Records. A coincidência legal; o arranjador desse trabalho foi o baixista Reinaldo Chulapa, que esta citado no post anterior que fiz sobre a banda Sambasonics.  Um disco swingado e com um coral bem redondinho, lembrando um pouco a pegada dos Originais do Samba.  Destaco a faixa que abre o disco Vanessa (Maurinho da Mazzei/ Joãozinho Carnavalesco), Nas Praias do Guarujá (José Luiz/Barbosa) e a regravação do Samba da União (Clóvis Salvador/Moacir Gonçalves).  Nas composições tem outros nomes como, Santaninha, Rubens Gordinho, Luiz Carlos Muniz , Zeca Sereno. Nesse disco não achei descrita a formação atual do grupo, mas vou colocar a formação clássica de 1976: Clovis Salvador (Xoxão) cuíca, Luiz Venâncio (Zulu) surdo, Celso Rubens Soares (Aranha) tamborim, Claudio Xavier de Moura (Chão Preto) pandeiro, Claudio Roberto Pinto da Costa (Louzinha?) tumbadora e José Luiz da Silva (Zizo) no reco-reco. Reparem que eles não tinham componentes para instrumento de cordas, somente percussão, muito interessante, provavelmente quem na época fazia essa parte era o Pedro Ivo (baixo) , Carlos Silva (cavaco) e Moacir Gonçalves Filho (violão). 

Os músicos que participaram das gravações do trabalho da década de 90 foram; Edmilson Capelupi no violão de 7, Reinaldo Chulapa contra baixo, Lito Figueroa nos teclados, Marcos Arcanjo violão de 6 e guitarra, Ferrugem cavaco e banjo, Pimpa na bateria, Carlinhos Gonzales/Renato Pomba Gira no surdo e percussão e no coral Novos Crioulos, Tiana e Vera. 

Agradecimentos ao Sandro de Almeida Silva (Comunidade bandeira do samba no Facebook) por ter conseguido esta pérola pra gente.

Foto do grupo retirada do blog http://clovissalvador.blogspot.com.br/

Clique de novo crioulo na capa


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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Monsueto também é raiz

Monsueto, um nome bem peculiar, a primeira vez que ouvi falar desse artista foi num Lp que ele fez junto com o Zé Keti (1982 - Musica Popular Brasileira - Abril).  E ali eu escutei e gostei muito de Lamento da Lavadeira ,A Fonte Secou e Eu Quero Essa Mulher Assim Mesmo. O tempo passou e estou eu escutando algumas coisinhas e encontro esse CD coletânea Raízes do Samba com o Monsueto. Pesado o negócio, bem cru , bem simples, mas direto e reto. Então não é coisa para iniciantes, é para quem realmente gosta de samba, pesquisa samba e dá valor a historia do ritmo em si. 

As composições dele remetem aos morros, a um cenário de crianças correndo descalças, roupas no varal, chão de barro...pelo menos eu tive essas sensações...mas enfim é coisa pessoal. E apesar dos arranjos alegres onde a percussão é entremeada de metais, há espaço para uma certa tristeza nas letras. Outro ponto alto são as vozes femininas presentes nas faixas de maneira bem harmônica. Os arranjos me remetem, numa viagem infantil, as músicas da Disney quando sambou com o Zé Carioca (Alô Amigos - 1942).

Monsueto Campos de Menezes nasceu em 04 de novembro de 1924 no Rio de Janeiro. Era figura fácil em bailes e baterias de vários grupos como por exemplo na Orquestra Copinha do hotel Copacabana Palace.Como compositor seu primeiro sucesso foi a parceria com Airton Amorim, Me Deixa em Paz. Uma coisa interessante sobre suas músicas é que volta e meia eles são regravadas, temas de novela, de shows, homenagens etc... sinal de que contém poesia, simplicidade e melodia.

E Monsueto era um artista nato, além de compositor e músico, ele foi atuante também como ator, cantor e pintor. Na Bahia em 1973, durante as gravações do filme O Forte, passou mal e foi hospitalizado, vindo a falecer em 17 de março, vítima de câncer no fígado. 

A coletânea Raizes do Samba faz um resgate das faixas do único LP gravado por Monsueto (1962- Mora na Filosofia dos Sambas de Monsueto) e outras faixas pinçadas de discos de 78 rpm dos anos 50. Aqui se tem o melhor de suas composições, como Mora na Filosofia e Couro do Falecido, além das já citadas. 

Clique na capa assim mesmo



sábado, 17 de outubro de 2015

Dance o samba sônico

Sei muito pouco sobre a banda Sambasonics, só sei o que mais importa;  o som é bom e swingado. Outra coisa que eu sabia era que a linda e ótima vocalista Francine Missaka, a nipo-brasileira virou cantora na banda do Domingão do Faustão. Outras figuras que eram conhecidas para mim: o produtor e baixista Reinaldo Chulapa e o guitarrista e vocalista Marcelo Munhoz. Completam o time os percussionistas Bruninho Marques e Rubinho Lima , o batera Carneiro Sândalo, Felipe Maia teclados e Mauricio Mohamed sax. Entre as influencias citadas, temos Tri Mocotó, Originais do Samba, Jorge Ben, Copa 7, Ed Lincoln...

A banda começou em 2001 nas domingueiras do Grazie a Dio, um bar famosos na Vila Madalena, lá eles tocavam samba-rock, e misturavam groove, soul e samba. A receita deu certo que eles tocaram em outras casas, como o teatro Mars, Na Mata Café, City Hall, Diquinta, Sem Eira Nem Beira e outros mais.

O blog dimiliduques põe a disposição o primeiro trampo deles intitulado Sambasonics, lançado em 2003 pelo selo franco-brasileiro Unban Jungle Records com produção de Marcelo Munhoz, André Burgeouis e André Ferraz. Esse mesmo CD foi lançado em 2004 no Japão pela gravador Rambling Records.

Destaque para as faixas Negona, Passa Por Minha Cabeça, Babulina, Só que Deram Zero Pro Bedeu a dobradinha Falador Passa Mal/Buchicho, enfim todas as faixas eu considero de boas para ótimas.

Eles lançaram também outro trabalho solo, Jorge Ben Beats em 2005 pela Rambling Records e faixas em diversas coletâneas como Nu Brazil, Grazie Dio volume 1, Swing Brazil e Brazilectro 6.


clique na capasonic


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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Elton Medeiros retrato da vida

 Elton Medeiros é carioca do bairro da Glória e nasceu no dia 22 de julho de 1930. Sua caminhada na música vem de ainda muito jovem, na rádio Roquette-Pinto e a Orquestra Juvenil de Estudantes. Depois nas noites das gafieiras, seu companheiro inseparável era um trombone. Foi um dos fundadores da ala de compositores da escola de samba Aprendizes de Lucas. Foi assíduo frequentador do famoso bar Zicartola, onde fez amizade e parcerias com muitos sambistas , entre eles Paulinho da Viola, Cartola, Zé Ketti, Ismael Silva e outros tantos. Dali surgiu o grupo A Voz do Morro e o espetáculo Rosa de Ouro.

Sabe um álbum que te pega por uma música? pois esse foi o caso de Elton Medeiros de 1980 da gravadora Eldorado que eu conheço como Retrato da Vida. Não que as outras músicas não fossem boas, não é isso, é simplesmente você escutar e adorar uma das faixas e colocar no repeat incansavelmente. A canção em questão é Retrato da Vida (Elton Medeiros) poesia e melodia numa parceria sem igual. Elton Medeiros é sambista da melhor estirpe, as vezes o confundia com o Nei Lopes , outra grande figura do samba, mas são diferentes em suas semelhanças. 

Desse disco destaco também as músicas Unha de Gato (Antonio Valente/Elton Medeiros), Meu Viver (Elton Medeiros/Jair do Cavaquinho e Kleber Santos), Lágrimas de Amor (Antonio Valente/Elton Medeiros) e Na Mesa de Botequim (Clovis Beznos/Elton Medeiros). Na roda de músicos participantes, temos Theo Santos violão de 7 cordas, Otavio Basso acordeom, Angelo Apollonio bandolim, Ditinho trombone, Xixa e Alexandre Paiva nos cavaquinhos , Marcos Farina violão e outros mais. 


Clique click na capa

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Zeca um dos poetas do samba


Bom da vida do Zeca Pagodinho não falar muito, ultimamente ele provou ser um ótimo Ser Humano (título de umas das suas músicas de 2015). Então vamos falar do disco do Jessé Gomes, esse carioca da gema e um dos maiores sambistas do Brasil. O disco em questão é o Um dos Poetas do Samba gravado pela RCA/BMG Ariola em 1992. Zeca numa das melhores fases vocais e inspiradíssimo. O repertório, os arranjos desse disco são, na minha opinião, de rara beleza no samba. A produção ficou a cargo do maestro Ivan Paulo. O disco é daqueles que beiram a perfeição, e olha que a fase artistica nem era tão boa assim para Zeca, pois as vendas tinham caído e sua relação com a gravadora na época estava abalada. 

Mas artista faz arte, não se importa com os percalços e faz seu trabalho com dignidade e talento. Daí que a música que deu título ao álbum, composição de Mario Sérgio/Capri e Wilson Moreira, é um pouco o resumo de sua vida, nelas são citadas as palavras poeta, marginal e a frase defensor de uma cultura popular...enfim um samba com voz , violão e caixinha de fósforo, bem mansinho que depois cresce maravilhosamente na segunda parte com um violão de sete marcando.

O repertorio do disco é excelente, a Feijão de Dona Neném (Zeca Pagodinho/Arlindo Cruz), foi feito num dia em os dois espertos foram convidados para bater uma laje na casa da avó de Mônica (esposa do Zeca). Como citado na música o local era na Favela do Rato Molhado em Inhaúma, mas antes Zeca e Arlindo passaram num boteco em Del Castilho e pensando no episódio da feijoada que iria rolar depois da laje, fizeram um samba. Chegaram no local depois que os trabalhos estavam terminados e a feijoada estava sendo servida. Dona Neném percebeu o golpe, mas como eles mostraram o samba que fizeram em sua homenagem eles foram perdoados e ainda comeram do feijão. 

Outra música que eu aprendi a gostar om o meu amigo Christin Laskinha, fã incondicional do Pagodinho e Fundo de Quintal, era Falsa Alegria (Zeca Pagodinho/Monarco/Alcino). Quantas vezes nas noitadas boêmias cantamos esse samba a plenos pulmões, a maioria das pessoas não conhecia, mas se amarravam na nossa empolgação. Outra bem legal era Fumo do Bom (Alamir/Clemar e Arino Ganga), o maconheiros de plantão curtiam. Outras mais que sempre que possível eu pedia um Fá e emendava sem se importar se o tom era aquele mesmo, era Vê se me Erra (Serginho Meriti/Otacilio da Mangueira/Carlos Senna) e Vai Com Deus (Casquinha). Tem outra nesse disco que virou até sinônimo de ricardão que é a Talarico, Ladrão de Mulher (Zeca Pagodinho/Serginho Procópio). 

Se repararem Zeca assina várias músicas nesse trabalho, coisa um pouco mais rara hoje em dia.Talvez por seu lado filantropo falar mais alto e dar espaço aos compositores, já que sua renda vem dos shows, para que ser mais egoísta e também compor e faturar nessa área, é minha visão. Seria falta de inspiração? ele citou em entrevista a Folha de S. Paulo (aqui) que é questão de tempo, correria de gravações, viagens, shows, imprensa, família ou seja muita coisa. Mas como digo por aí nas conversas sobre samba, Zeca é Zeca!

Clique na capa é Zeca!




quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Kiloucura foi tudo o que sonhou o pagode



Algumas coisas já foram faladas sobre o grupo Kiloucura, mas todo mundo do mundo do samba concordava com três fatos: os caras eram músicos feras, era uma panela e não ia durar muito tempo. Bom não deixou de ser verdade. 

O grupo foi formado em 1997 e tudo começou com o convite recebido pelo banjolinista e compositor Delcio Luiz, pela gravadora BMG Ariola para um trabalho solo. Ele havia acabado de sair do Grupo Raça e ao invés de enfrentar a empreita sozinho resolveu montar um dream team de pagodeiros. Os componentes já tinham uma boa bagagem de samba e eram conhecidos no meio. Eram eles: Prateado compositor, baixista e arranjador, Luiz Claudio Picolé cavaquinhista revelado no pagode da Tia Doca, Gerson Du Pand pandeirista e showman no instrumento e Bigode, músico percussionista que já havia trabalhado com Almir Guineto, Zeca Pagodinho e outros.

Em 1998 gravaram um CD, ou seja, com uma receita infalível em pleno auge do pagode 90, não deu outra, sucesso!. Para se ter uma ideia o disco saiu com 100 mil cópias vendidas, depois chegou a marca de 500 mil. Muitas músicas legais nesse trabalho, começando com Pela Vida Inteira (Charles André/Riquinho) que explodiu e foi tema da novela global Suave Veneno, assim como Meu Casamento (Delcio Luzi/Marquinho PQD) trilha da novela Louca Paixão na Record. Outros destaques são; Falando Sério (Delcio Luiz/Altay Veloso) e Mulher da Minha Vida (Delcio Luiz/André Renato). Mas as que realmente chamaram minha atenção pelo arranjo, melodia e letra foram Radiante (Picolé/Prateado), Dona da Minha Alegria (Luiz Claudio Picolé), Ontem , Hoje e Amanhã (Delcio Luiz/Picolé e Prateado) e Tudo que Sonhei (Delcio Luiz/Prateado).  Nesse trabalho a produção foi de Bira Hawai e os arranjos foram feitos por três cabeças, Evaldo Santos, Jota Moraes e Prateado. E no time de músicos, só feras, como Arlindo Cruz e Marcelo Lombardo nos banjos, Gordinho no surdo, Marcio Hulk e Mauro Diniz com seus cavacos e muitos outros, veja na ficha técnica mais abaixo.

Gravaram em 1999 o trabalho intitulado Diamante, uma das produções mais caras do pagode na época (experimente ler a ficha técnica com dezenas de instrumentos e músicos). No começo de 2000 Prateado saiu do grupo, seguido por Delcio Luiz, com a saída dos dois componentes chaves, Picolé ficou como líder natural, mas as gravações do Ao Vivo - Chega de Silêncio, pela EMI,  já estavam adiantadas por isso ainda saíram na capa os componentes da formação original que participaram efetivamente da gravação no palco. Em 2003 mais um "Kiloucura Ao Vivo” pela independente gravadora Futura,  esse com novos componentes misturados com alguns remanescentes como Bigode, Du Pand e Picolé. E o mais recente trabalho do grupo lançado em 2006 de maneira independente com título de Fé. Agora reformulado com integrantes novos (Max vocal e percussão) Petterson (vocal e violão) e Marcelo China (vocal e teclados) somados a experiência de Bigode o único remanescente fundador ainda no grupo. Só um adendo aqui, na última foto e noticia sobre o grupo o Bigode não estava mais e havia entrado outros componentes, na verdade a essência do grupo acabou faz tempo, ficando somente o nome fantasia para algum empresário ainda trabalhar algum resquício de sucesso.

Agradecimentos pelos encartes a Antonio Carlos do Amaral Cardoso da comunidade no facebook - Bandeira do Samba

Loucura é não clicar na capa