segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Marquinhos Satã, o anjo do pagode

Marquinhos Satã eis um nome de respeito, menos para os evangélicos. Lembro de um amigo que era crente comentando, “esse cara só fez sucesso porque tinha parte com o sete dedo, ó o nome dele Marquinho Satã! satã! cara coisa de louco”. Poxa atualmente ele mudou para Marquinhos Santanna, e se fosse para ter um título que fosse o de Anjo do Pagode. Antes disso tentou mudar para Sathan e não adiantou muito, seu nome ficou ligado ao demo. Mas deixando de lado essa história que já é praticamente uma lenda. O sambista e compositor Marcos Antonio Costa Santos nasce em 1956 no Morro do Salgueiro no Rio de Janeiro. Começou participando, em 1985, da coletânea “Clube do Samba vol. 3” da gravadora RCA, onde interpretou um dos seus maiores sucessos “Me Engana Que Eu Gosto”. Até hoje é possível ouvir a frase que virou jargão na boca do povo, “me engana que eu gosto!”.  No ano seguinte lançou o seu LP solo “Marquinhos Satã” pela RCA/Ariola. O disco  que continha o sucesso Falsa Consideração (Marquinhos Satã/Eros/Liebert). Tocou em todas as rádios, o levou para a televisão e até hoje é tocada nas rodas de samba.

O disco teve os arranjos de Ivan Paulo e continha compositores de peso como Arlindo Cruz, Nei Lopes, Aluísio Machado, Cleber Augusto, Dedé da Portela, Beto Sem Braço, Camunguelo, Serginho Meriti, Sereno e outros...Marquinhos Satã teve carreira sólida no samba e chegou a ganhar o prêmio Sharp em 1991 como melhor interprete de samba. Tem em sua caminhada, entre participações e discos solos, mais de 26 trabalhos. 

(1985) Clube do Samba Volume 3 • RCA Victor • LP, (1987) Falsa Consideração • RCA/Ariola • LP, (1987) Marquinhos Satã • RCA/Ariola • LP, (1989) Pura semente • RCA • LP (1991) Graça divina • PolyGran/Zappelli • CD, (1993) Meu dia a dia • PolyGran • CD, (1995) Simplesmente • Zappelli/PolyGran • CD, (1995) Simplesmente Marquinho • Selo Zappelli/PolyGran • CD, (1997) Luz • Selo Spot Light Records • CD, (1999) O Melhor de Marquinho Sathan • CD, (1999) Os melhores do ano Volume I • Warner Music • CD, (1999) Reinaldo e amigos - Ao Vivo • Warner Continental • CD, (2000) Os melhores do ano Volume II • Abril Music • CD, (2000) Transcontinental 18 anos (Ao Vivo) • Indie Records • CD, (2001) Nosso show • Independente • CD, (2001) Os melhores do ano Volume III • Abril Music • CD, (2002) O melhor de Marquinho Sathan • BMG • CD, (2002) Os melhores do ano Volume IV • Abril Music • CD, (2003) Nosso show • Gravadora Transcontinental • CD, (2003) Os melhores do ano Volume V • Indie Records • CD, (2004) Os melhores do ano Volume VI • Indie Records • CD, (2005) Renascença Samba Clube • Lua Music , (2006) Mais feliz • CID • CD, (2006) Os melhores do ano Volume VII • Indie Records • CD, (2009) Perfil • Gravadora L. Bastos • CD e (2009) Reinaldo e Convidados (participação) • Independente • CD.

Clique na capa e exorcize o baticumdum





terça-feira, 14 de julho de 2015

Hip hop jazz volume 1

Demorou mas chegou..eis aqui o chapter one do Hip Hop Jazz Mix Tape...coisas legais também hein... tipo Jovanotti, Quince Jones, The Roots , Herbie Hancock...

Clique na capa e viaje bem



http://uploaded.net/file/pdeex5ej 


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Você conhece o Dibirou rou tchabiri?



O rapper americano Kool Moe Dee (seu nome verdadeiro é Mohandas Dawese), nasceu  em 08 de Agosto de 1962 na cidade de  Manhattan, Nova Iorque. A primeira vez que eu vi um LP desse mano eu fiquei doido, acho que foi na casa do saudoso Gerson Burguês.  Fiquei mais doido ainda ao som de Goo See The Doctor e Do You Know What Time Is It?.  A capa com a cara do negão com um óculos estiloso e uma boina preta de couro...lembro de uns detalhes beges e marrons...mas olhando hoje é só no nome. Ah! e o nome Kool MOE DEE...era (é) diferente de tudo que eu tinha ouvido em nome de artista, só empata em excentricidade  com L.L.Cool  J. , KRS One e Terminator X.  

Outra história pessoal interessante dessa época foi uma vez, em que tinha um menino que era o conhecido na área como um trombadinha, ele era irmão mais novo de um ladrão considerado aqui no bairro em que eu morava na Zona Sul de São Paulo. Estava no campinho e perguntei uma vez seu nome ele respondeu todo na gíria: Me chamam de Dudinha só que o pessoal me conhece mesmo é como "dibirou rou tchabiri". Lembro disso e dou muita risada, na verdade "dibirou rou tchabiri" é o refrão de uma música do Kool Moe Dee, o famoso balanço, Do You Know What Time Is It?.

Mas vamos falar um pouco do rapper que desde o final dos anos 70 mandava suas rimas. E  junto com o Dj Easy Lee, Special K e L.A. Sunshine formou o grupo Treacherous Three.  Mas Kool se apresentava sozinho nas batalhas de rap e quando conseguiu “assar” e ganhar de um dos melhores rimadores da época, o Busy Bee Starski (que participou do filme Wild Style em 1983) , sua fama cresceu. Isso foi no evento Harlem World em 1981, onde consta que foi a primeira batalha de rimas documentada da história.  Só para se ter uma ideia da façanha, o cara que ele venceu, “só andava” com pessoas tipo Africa Bambaata, Marley Marl, KRS ONE e por aí vai...

E assim o grupo T. Three  acabou gravando alguns singles e a fazer apresentações e ter uma das faixas (Santas Rap com Doug E. Fresh) na trilha do filme Beat Street em 1984.  Mas um ano depois o grupo acabou e a gravação de um disco solo para Kool  foi questão de tempo, e esse tempo veio em 1986 para 1987 pela Jive Records.  Um clássico do hip hop, muitos críticos da época disseram que o disco já nasceu velho, pelo estilo de cantar dele. Entretanto provou que tinha rima afiada e conseguiu ser um sucesso, tanto é que foi um dos primeiros rappers a fazer show no Brasil (16  de Janeiro de 1988 - Ginásio do Palmeiras pela equipe de som Chic Show).

Nesse álbum um dos destaques é a Goo See The Doctor ou algo como Vá Ver um Doutor, e a letra falava de doença venérea mais precisamente uma gonorreia que ele pegou de uma “doce dama” que conheceu na rua, conhecida também pelo apelido quente de “Microondas”. A outra que fez um grande alvoroço foi a Do You Know What Time Is It? ou Você Sabe que Horas são?  uma letra considerada machista que fala de pegar mulheres fáceis e materialistas, conquistas baratas e se dizendo o garanhão. Mas há também a Little John  uma reflexão sobre um criminoso adolescente do centro de Nova Iorque e Monster Crack sobre os problemas causados pelas drogas. 

Nesse trabalho o Kool Moe Dee esta com a voz no auge da forma e a produção certeira de LaVaba Mallison (já fez trabalhos com Ice-T, MC Lyte, Brick Citi e outros) e Teddy Riley. Este último considerado um dos inovadores no ritmo New Jack Swing , fez parte do grupo Blackstreet e já trampou com Usher, Michael Jackson , Bobby Brown, Heavy D, Doctor Dre, Mary J. Blige e outros.

Kool Moe Dee lançou também outros trabalhos;  How Like Me Now (1987/Jive/Rooftop Records)  , Knowledge is King (1989/Jive) , Funke, Funke, Wisdow (1991/Jive)  e Interlude (1994/Wrap Records).

No balanço, clique na capa


http://www.mediafire.com/download/evp6veffyzzgdtu/7_Leandro_D'_Menor_2004_Fruto_da_nossa_raiz_-_Tchelo.rar 





quinta-feira, 2 de julho de 2015

Hip Hop and Jazz chapter 2



Hip Hop Jazz mixtape chapter 2 

Já deixando avisado que tem nessa....Jurassic 5 , Gangstarr , Mystikal e outros.

Bom esse é de 2009... to be continued..rsrsrs...em ordem decrescente


clique na capa e eis the chapter two : 


http://uploaded.net/file/4rnv3cnv

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Nem só de samba vive o homem - Hip Hop Jazz mixtape chapter 3



Gosto de vários ritmos e o hip hop sempre será um deles! Muito louca essa coletânea de 2010, pra quem quer viajar num som, recomendadíssimo! Aqui grandes baluartes do jazz são sampleados, mixados , incorporados e essas coisas. Dimiliduques? nem tanto assim, viajante sim alienado não. Vários rappers da hora fazem participação. Tipo Q-tip, The Roots,  Digable Planets, Buckshot Lefonque tudo pelas mãos de S. Mos. São 1h e 07 segundos de muito som, flows de lascar!
Nem vou ficar me estendendo muito.... escute ae...

 eis o chapter tree :  

http://ul.to/eeabxwf4



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Djavan sambou pagodeou



Vamos lá rapaziada. Essa coletânea instrumentalmente falando é boa sim! li algumas críticas ao trabalho e algumas com pitadas de preconceito. E o pior é que nos comentários a corrente preconceituosa aumenta. Chamando pejorativamente os participantes da coletânea de pagodeiros (são sim e com muita honra). Daí como Arlindo Cruz é o mais respeitado e considerado sambista nato o tal crítico faz exceção a sua participação. 

O que acontece é que as músicas foram gravadas na levada do samba/pagode sim, imprimindo outra cara , queriam o quê ? que as regravações soassem identicamente como Djavan, ué se fosse assim, para fazer mais do mesmo, melhor seria não gravar. 

Agora que tem bons momentos e outros ruins eu concordo, mas basicamente o CD é nota 7,5. Na década de 90 era comum os pagodeiros cantarem Djavan, tanto que o grupo Soweto por exemplo, tem esse nome justamente por uma música do compositor alagoano. Depois temos vários exemplos de regravações anteriores como Sina e Eu Te Devoro pelo Revelação, Avião com Pé de Moleque, Lambada de Serpente com Belo, Muito Obrigado com Grupo JB Samba, Fato Consumado com Turma do Pagode e devem ter outros que não me vieram na memória. Uma vez Djavan foi perguntado sobre essa influência das suas musicas nos pagodeiros dos anos 90. Ele foi simples e categórico: “não reconheço nenhuma influência não”.


Bom voltando para a coletânea, nela cantam Leandro Sapucahy, Arlindo Cruz, Rogê, Gustavo Lins, Gabriel Moura, Luiz Claudio Picolé, Rodriguinho, Charlles André, Paulo e Jorge Santana (Malacacheta), Péricles (Exaltasamba), Xande de Pilares (Revelação), Bruno (Sorriso Maroto), Renan (Compromisso Certo), Liomar (Pique Novo), Anderson (Molejo) e Renatinho (Boka Loka).

Gravado em 2010 pela gravadora Performance, traz algumas  obviedades que a maioria dos pagodeiros já tocou em rodas e palcos da vida, como Flor de Liz, Avião, Sina, Fato Consumado , Capim, Aquele Um e Serrado. Não estou discutindo aqui se as versões são melhores, em minha opinião, no geral, quase nenhuma “nova roupagem” alcança o brilho da original. Acho que nesse quesito somente os Song Books do Almir Chediak chegavam próximos a perfeição.  Seja nesse trabalho ou em outros, o importante é  homenagear o artista em si. 

Mas é um CD interessante de se ouvir, principalmente se o ouvinte se desnudar de preconceitos e tentar entender o contexto. Se por exemplo Paralamas do Sucesso regravar Djavan, vão imprimir sua cara (e boa parte  dos “críticos” vão bater palmas).  Se um pagodeiro como Péricles do Exaltasamba regrava, “nossa ficou meloso, tipo um pagode romântico”, entendam é o estilo samba que a grande mídia costumou chamar de pagode (outra discussão sem fim).

Mas   tudo bem,  nem vou entrar na discussão, porque o Djavan é um artista de primeira grandeza o qual eu gosto muito. Não vou destacar nenhuma faixa, porque realmente é bem diversificado, todas as faixas, são boas aqui e ali, dizer algo ao contrário seria entrar em contradição e desconsiderar o Djavan compositor.  


http://www.mediafire.com/download/9x3xjlzoj5jllfk/Do+Samba+Para+Djavan+-+2010+by+tchelo.rar





terça-feira, 16 de junho de 2015

Regravações não param! agora o Volume 10



Sem muitas delongas, o volume 10 das regravações esta nota dez!!! e... não para! Como já é tradição, várias novidades, coisas conhecidas etc. e tal. Nessa coletânea de 29 faixas de sambas e pagodes regravados, vamos aos destaques. Quem é pagodeiro conhece a música Ventos dos Areais do grupo Soweto, mas já ouviu ela regravada? ficou muito boa na interpretação do grupo Tom de Liberdade. A faixa Chegamos ao Fim em três versões! as mais conhecidas com o Exalta e Arlindo Cruz e uma versão garimpada da cantora Micheline Cardoso. Os Originais do Samba sempre fazem umas regravações, quando não são eles que gravam primeiro e a música acaba estourando com outros cantores e grupos. Nesse caso foi regravação mesmo, a clássica Trem das Onze do grupo pra lá de paulistano, Demônios da Garoa. Uma música pouco conhecida, Meu Erro é Você com os  grupos Da Melhor Qualidade e Puramor. A faixa Vício, sucesso na voz do Belo foi gravada também pelo grupo carioca 100%. E tem a bela Timidez na linda voz de Cleber Augusto na época do Fundo de Quintal e também com os grupos Gana e Batuque na Cozinha. E outras musicas mais, como Natural, Quitandeiro,  Um Beijo, Meu Laia Raia, Carente de Paz, O Sol e a Brisa e Coisa Boa Demais.

Clique na capa e "reescute"

http://minhateca.com.br/celo.sc/Pagode+e+Samba/Pagode+e+samba+Regrava*c3*a7*c3*b5es+volume+10+by+tchelo,633221602.rar(archive)


                                           Abaixo clique e veja o repertório