terça-feira, 17 de novembro de 2015

AGP um bom samba que merecia mais atenção


Seu nome verdadeiro era Antônio Gilson Porfírio, as iniciais formando a alcunha “AGP” e nasceu em 18 de agosto de 1942 no Rio de Janeiro. Agepê foi um daqueles artistas bem populares entre o povão, mas que também era ignorado por boa parte da mídia especializada. Estilo simples, leve, solto e com um bigode peculiar. Foi um artista que teve sua primeira gravação em 1974, no lançamento do compacto pela gravadora Continental que continha no Lado A, Todo Prosa (Agepê/Canário) e no Lado B o sucesso Moro Onde Não Moro Ninguém (Agepê/Canário), também regravado pelo cantor Wando. Outra que “estourou nas paradas” foi a Deixa Eu Te Amar (Agepê/Mauro Silva e Camillo) do LP Mistura Brasileira (1984/Som Livre), a música foi até trilha de novela global (Vereda Tropical). Aliás esse disco foi um dos primeiros discos de samba a alcançar a vendagem de mais de um milhão de cópias vendidas.

Agepê tinha uma voz marcante se apoiando em bons graves metálicos e alcançava alguns tons mais altos, digamos um barítono. Foi integrante da ala de compositores da escola de samba Portela. Na década de 80 frequentou as rodas de samba do Cacique de Ramos e outros pagodes, na companhia de Beto Sem Braço, Pedrinho da Flor, Zeca Pagodinho e outros anfitriões. Certa vez conversando com Luiz Ayrão ele me contou que alguns fãs do Agepê o confundiam e elogiavam “aquela música” Menina dos Cabelos Longos (Agepê/Canário). Agepê tinha muitos sucessos como Me Leva (Toninho Geraes/Serginho Beagá),  Moça Criança (Agepê/Canário) e até a famosa Cama, Mesa e Banho de Roberto e Erasmo Carlos.

O blog dimiliduques coloca a disposição o LP de 1986, sem título, que saiu pela gravadora Som Livre/CBS. É um disco que para analisar eu tive que fazer quatro audições. De um disco que eu não gostei na primeira vez que escutei por inteiro, até escrevi demais, mas ele tem sim sua beleza. A primeira vista parece mais um disco do Agepê, pois a sonoridade dos arranjos é semelhante entre as faixas. O cavaco com uma pegada padrão e bem a frente da percussão e a cuíca sempre se fazendo presente. As melodias das músicas também a primeira audição parecem seguir a mesma linha harmônica. Então eis a pegadinha, para sentir melhor o trabalho, precisa-se se escutar com um pouco mais de sensibilidade e atenção, só assim consegue-se ouvir as nuances. Daí descobre-se o encanto e se vê que é um bom disco de samba. Boa afinação de voz do Agepê, numa época em que era na raça, sem pro-tools e afins. 

A produção foi de Rildo Hora com direção artística de Max Pierre. A seleção de repertório é do próprio Agepê e do seu fiel companheiro em várias composições, Canário. Era eclético, gravava enredo, partido alto, mas seu estilo marcante era o de sambas mais românticos e até de certa forma eróticos. Destaque para algumas faixas desse LP como A Rainha Ginga (Romildo/Sergio Fonseca), que me remeteu a cantora Clara Nunes. Errado Fui Eu (Agepê/Beto Correa) que fala: “andava solto pelas madrugadas, muitas cervas geladas, muitos pagodes curti...”. O Samba é Minha Cachaça (Beto Correa/Edu), pegada rápida com belos tamborins e caixas. De Todas As Formas (Agepê/Zé Catimba/Canário) umas dos carros chefes do disco e Lindo é Você Ser a Minha Mulher (Zé Catimba/Geraldo do Norte), “...ser domado como escravo, ser tratado de senhor, de caçar e ser a caça feito a caça e caçador...” uma letra bem feita, mas que hoje poderia até ser censurada pelos politicamente caretas das redes sociais. Inspiração (Agepê/Canário/Chiquinho Fabiano) também é bem dançante , solos de cavaco que relembram os pagodes oitentistas.

A faixa A Lenda da Estrela do Mar (Edil Pacheco/Paulo Cesar Pinheiro) lembra os “sambas de mar” feitos por Nelson Rufino e Roque Ferreira, é uma pegada meio afoxé. Outra faceta interessante dos discos dele é a do forró e baião, gravados com muita propriedade. É o caso de Dançando Forró (Agepê/Canário/Pery Cachoeira), o nome já diz qual é o ritmo, bem tocado e com uma sanfona maneira. No livro de Nei Lopes – Partido Alto Samba de Bamba, se teoriza um pouco sobre os porquês do baião, xote, repente, forró e calango serem tão fortes e presentes na cultura carioca. É que os migrantes das regiões do nordeste para os morros do Rio de Janeiro no início do século XX traziam consigo essa musicalidade com pandeiro,zabumba e sanfona. O produtor Milton Manhães gravou em 1991 um disco só nessa temática, por sinal muito bom.

Sua discografia conta com 15 LP's gravados: Moro Onde Não Mora Ninguém (1975/Continental), Agepê (1977/ Continental), Canto De Esperança (1978/Discos CBS), Tipo Exportação (1978/ Continental),Agepê (1979/CBS), Agepê(1981/CBS), Mistura Brasileira (1984/Som Livre), Agepê (1985/ Som Livre), Agepê (1986/ Som Livre), Agepê (1987/Philips), Canto Pra Gente Cantar (1988/Philips), Agepê (1990/Philips), Cultura Popular (1990/Philips), Me Leva (1992/Philips) e Feliz Da Vida (1994/Warner/Continental).  Agepê infelizmente foi vítima de cirrose aos 53 anos de idade, no dia 30 do mesmo mês do seu nascimento, agosto, de 1995.  


Obs: Agradecendo de antemão pois o disco foi baixado do acervo do site www.sintoniamusikal.blogspot.com.br

Clique na capa e reviva Agepê






terça-feira, 10 de novembro de 2015

Regravações volume 12

Estou ficando repetitivo? Veja que contexto contraditório! O tema é regravações, regravar=repetir. Que nó ! Mas vamos chegando ao volume 12, com muitas re-novidades e as velhas conhecidas. Tem um pagode que eu gosto muito que foi até tema de um casamento de um camarada, é a Desejo Demais que eu tomei conhecimento ao contrário, ou seja conheci a regravação antes da original. No caso a versão do grupo Toke Divinal e depois a linda versão do príncipe do pagode Reinaldo, que faz uma inspirada citação a Pronuncia no Olhar do grupo Só Preto Sem Preconceito.

Uma interessante é a música Me Alucina que achei em seis versões!, confesso que pequei, pois sempre escutei essa música na voz do mestre Candeia e nunca dei a devida atenção. Conhecia as ótimas  versões do Arlindo Cruz e da Tereza Cristina, mas a que me pegou mesmo e me sacudiu foi a regravação de Ana Paula da Silva, que delicadeza! que linda!

Seu Jorge mandou muito bem na regravação de Zeca Pagodinho, Quintal do Céu, lembro de uma vez pedir essa música numa roda de samba assim: “Toca aquela Bangalô do Zeca!” e foi prontamente tocada. Juras da Paixão eu conhecia na voz do grupo É Demais, a música nem rolou muito mas mesmo assim encontrei sem querer uma versão com o grupo Tranza Negra de uma ano antes (1998). Coloquei também um samba-rock pra fugir um pouco da mesmice, Kid Brilhantina em três versões, uma original com o saudoso Branca Di Neve, outra com o agora pagodeiro gospel , o carioca Waguinho e com o autor Alexandre (a música é dele em parceria com Bedeu).

O Reinaldo novamente dá as caras com a composição de Geovana, em Ô Irene, sucesso mais conhecido com o Fundo de Quintal. Tem um sucesso recente, a de refrão chiclete No Samba Gente Bota Pra Quebrar, eu conheci essa música com o grupo Talismã, mas bem antes de estourar com o grupo Pedindo Bis. E ela foi regravada pelo Exaltasamba e também pelo grupo Mais Um Bis que é o mesmo Pedindo Bis, mas por uma época tiveram que usar esse outro nome por problemas de registro etc...

 Tem também duas versões para o pagode que fez enorme sucesso na década de 90, Eu e Você, as duas com o mesmo grupo Arpejo.  Tem uma música que eu adoro que é a Deixa Estar, lógico que a versão do Jorge Aragão na minha opinião é insuperável, mas conheça as versões de Dudu Nobre e Fundo de Quintal um pouco mais cadenciadas.  Falando em Fundo, o partido Bebeto Loteria havia sido gravado pelo grupo Os Originais do Samba e eu não sabia, mas ficou legal. E tem outras mais, dê um clique na capa e curta.



Abaixo o repertório



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Elaine Machado puramente raça brasileira



A sambista Elaine Machado nasceu na Tijuca-Rj mais precisamente no hoje Morro do Borel. Desde pequena ela já cantava e aos 17 anos resolveu se arriscar nu show de calouros no Cassino do Chacrinha. Se deu bem e ficou em segundo lugar, participando várias vezes. Isso tudo escondido de seus pais, já que mulher cantando naquela década de 70 era mal vista. Aos 20 anos se casou e deu uma parada, retornando depois da separação, a cantar em hotéis e rodas de samba cariocas. Nos anos 80 na roda de samba Casa de Bamba de Vila Isabel conheceu alguns sambistas que iriam lhe ajudar na carreira, entre eles Beto Sem Braço, Martinho da Vila e Tião Graúna. Desses, Beto Sem Braço se tornou uma espécie de padrinho artístico da moça, a levando para cantar na quadra do Cacique de Ramos e de muitas escolas de samba do Rio de Janeiro. 

 E assim começou participando de um LP da gravadora RCA em 1980 chamado Forró com Malícia na faixa Pra Tirar Coco (Beto Sem Braço/Jorginho Saberás/Bevilaqua), curiosidade que nesse LP seu nome saiu grafado erroneamente como Eliane e sem o sobrenome. Consta ainda um LP nesse mesmo ano da gravadora Keitel intitulado Samba de Roda de Salvador com a faixa Dona de Casa e novamente seu nome saiu com a grafia errada: Elane (sic). Participou em 1984 no LP Funeral de Um Ricardão, do sambista Dicró, na música Uso e Abuso (Dicró e Nilo Bahia). Em 1988 lançou o segundo LP solo pela RGE, intitulado Tempo de Festa.  Mas retrocedendo no ano de 1985, que foi o grande trunfo de Elaine Machado,  a gravação das faixas Pingueira (Elaine Machado/ G Martins e Matias de Freitas) e a faixa título da coletânea Raça Brasileira (Elaine Machado/Zé do Cavaco e Matias de Freitas).  Esse LP lançado pela  RGE teve vendagem acima da média, fato esse que abriu os olhos das gravadoras para o pagode dessa turma. Para se ter uma ideia da relevância da coletânea, ela tinha a participação de Zeca Pagodinho, Mauro Diniz, Pedrinho da Flor e Jovelina Perola Negra todos em começo de carreira. 

Elaine Machado tem uma voz forte e afinada, até hoje anima as rodas de samba. Podemos dizer que era uma voz que não ficava nada a dever para as consagradas Beth Carvalho e Alcione. O esperado sucesso não veio nas proporções que merecia, mas todos que são do “movimento samba” a conhecem e lhe dão o devido respeito e reconhecimento. 

O dimiliduques coloca a disposição o disco da Elaine Machado, que foi lançado pela RGE em 1986 chamado Jeito Maneiro. Com arranjos de Ivan Paulo, coordenação de produção de Marcos Salles e foi produzido e dirigido por Milton Manhães.  Gravado no épico estúdio Transamérica no Rio de Janeiro em Fevereiro/Março de 1986. Na contracapa há uns interessantes agradecimentos:  A Tendinha da Maria e Irene , Maria telefonista e Jadir guarda.  Dos músicos participantes muita gente de gabarito, como Sombrinha no violão de 7, Mauro Diniz no cavaco, Sivuca no acordeom e na percussão/pandeiro tem o Bira de Souza, seria o Bira da Vila? e outros (ao final vide ficha técnica).

Dentre as faixas destaco; Moenda (Nei Lopes) samba bem ligeiro e com pegada,  Jeito Maneiro (Mathias de Freitas e Zé Maria de Angola) que tem um belo solo de cavaco e levada que lembra os pagodes da Jovelina Perola Negra, Comida Boa (Jaiminho da Vila) partido alto do bom, Calanguear (Totonho/Efson) um calango com balanço forrozeiro bem ao gosto do Milton Manhães  e  Prendas do Lar (Marquinhos Lessa e Almir Araujo) essa com uma melodia triste, letra meio melancólica com um lindo solo inicial de flauta. É um disco bem produzido, com uma sonoridade bem samba dos anos 80, ouso compara-lo nesse quesito ao do Zeca Pagodinho lançado no mesmo ano.

Agradecimentos das informações da ficha técnica para Sandraiky Pissardini do blog http://sambandonovinil.blogspot.com.br/  

Não deixe virar poeira clique na capa e baixe

http://www.mediafire.com/download/gmbten3s8yun27n/Elaine+Machado+-+Jeito+Maneiro+1986.rar


 


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Exporta Samba e sua reunião de bacana



Relembro da primeira vez que vi a capa do LP Reunião de Bacana do grupo Exporta Samba na casa do DJ Lili que tinha uma equipe de som, acho que era a Brothers Som  ou algo do tipo. A capa estava lá estilosa naquelas caixas de feira, cresci o “zóio”. Viajei na ideia malandra, bom veja com seus próprios olhos.  Vale até citar o nome do responsável, coordenador da capa Elton Carvalho. Eles seguiram essa linha em outra capa também, a do LP Gabinete do Partido Alto lançado em 1981.

Musicalmente o disco Reunião de Bacana é uma pedrada, muito bom, com arranjos certeiros, batucada redonda, coral idem. E é recheado de músicas legais, já abre com Mole Que Nem Manteiga (Bidi) , com participação de Almir Guineto. Tem também Caboclo Porrete (G.Martins) do refrão grudento “macumba assim nunca vi , deixa a polícia saber...”.  Tem também a faixa Voltar a Paz (Sereno) que também foi gravada pelo Fundo de Quintal.  E as duas faixas que são um caso de polícia literalmente... Mato Queimado (Everaldo da Viola) que é um samba estilo Bezerra da Silva e Reunião de Bacana (Ary do Cavaco/Bebeto São João) e a sua chamada clássica “...se gritar pega ladrão!...” . Aliás eles participaram do Festival MPB Shell em 1980 com essa  música.  Só por essas faixas citadas o disco já vale muito.


O grupo é do Rio de Janeiro e data de 1969, gravaram o primeiro trabalho, Reunião de Bacana, em 1980 pela Kelo Music/K-Tel. A produção foi de Gabriel O’Meara com a ajuda de ninguém nada menos que ..Milton Manhães, nos famosos estúdios da Transamérica.  O Exporta Samba na época dessa gravação era formado por Betão no surdo, Beijoca no vocal e reco-reco, Serginho vocal e agogô, Beto Jards no pandeiro, Ratinho no cavaco e Joel no tamborim. Uma das figuras mais conhecidas do grupo era sem dúvida nenhuma o cavaquinhista e compositor Ratinho, um sambista talentoso e muito respeitado pelos bambas. Nas noites do Teatro Opinião chegaram a acompanharam grandes mestres como Clementina de Jesus, Martinho da Vila, Candeia, Cartola, Roberto Ribeiro, Dona Ivone Lara, João Nogueira e outros mais.

Desse disco, Reunião de Bacana, participaram das gravações dividindo os vocais na faixa Disputa de Crioulo,  Beto Sem Braço e na faixa Deixa Amanhecer, Rubens da Mangueira. Outros músicos que também participaram foram: Arranjos de Ivan Paulo, Jorge Corrêa na “regimentação” (sic como esta na ficha técnica), Gaguinho e Rubens no coro (sic), Almir Guineto coro e tamborim, “Birani” (aqui um adendo, erraram a grafia do nome do Ubirani) no repique e caixinha, Claumir no ganzá, Armando na tumba, Mauro no Tan Tan, Valmir cavaco, Aldo no baixo, Helio Capucci violão de 6, Rafael violão de 7, Pezão percussão geral e Théo na bateria. 

Eles lançaram ainda mais três LPs, um compacto e dois CDs, são eles: Gabinete do Partido Alto (1981/Kelo Music/K-Tel),  Xodó de Madureira e Barco da Esperança (compacto 1982/Copacabana), Lotação Esgotada (1982 /Copacabana), Valeu a Experiência (1987/Copacabana), Exporta Samba (em CD 1993/CID) e 40 Anos de Exporta Samba – Uma Reunião de Bacanas (2010/Gravadora Guitarra Brasileira). 

Exporte para você, clique na capa


http://www.mediafire.com/download/87gvvqk8eios2qj/Exporta+Samba+reuni%C3%A3o+de+bacana+1980+by+tchelo.rar


 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Novos Crioulos na paz do swing



Os Novos Crioulos, poxa a única música que eu conhecia dos caras era o samba rock Samba da União, que é muito boa. Aliás essa música foi regravada pelos próprios nesse  CD de 1993 que o  blog dimiliduques vai deixar pra vocês. Porém com uma roupagem um pouco diferente, prefiro a original, mas é questão de gosto.  Eles a lançaram primeiramente no LP com o nome de Os Novos Crioulos em 1976 e a gravadora se chamava Pirata. 

O grupo é de São Paulo, numa foto deles prestei atenção numa inscrição que dizia "Moca" , bem na cuíca do Clovis Salvador, aí pensei ser o bairro da zona Leste. Apesar das poucas informações sobre eles, descobri que eles são na verdade do bairro da Casa Verde , zona Norte de São Paulo.

Outros detalhes que eu achei foi lendo a contracapa do raro LP de 1976, onde um prefácio assinado pelo diretor artístico e empresário  Abelardo Figueiredo, tece elogios ao grupo. Por lá também sabe-se que eles se apresentaram durante um bom tempo na casa de shows O Beco na Rua Bela Cintra nº 317 no bairro da Consolação.  Mas é só. Uma pena não ter nenhum registro acessível, mas se algum dia achar eu conto a história dos caras. 

Vamos falar do CD gravado por eles em 1993 chamado Prenúncio da Paz pela gravadora TNT Records. A coincidência legal; o arranjador desse trabalho foi o baixista Reinaldo Chulapa, que esta citado no post anterior que fiz sobre a banda Sambasonics.  Um disco swingado e com um coral bem redondinho, lembrando um pouco a pegada dos Originais do Samba.  Destaco a faixa que abre o disco Vanessa (Maurinho da Mazzei/ Joãozinho Carnavalesco), Nas Praias do Guarujá (José Luiz/Barbosa) e a regravação do Samba da União (Clóvis Salvador/Moacir Gonçalves).  Nas composições tem outros nomes como, Santaninha, Rubens Gordinho, Luiz Carlos Muniz , Zeca Sereno. Nesse disco não achei descrita a formação atual do grupo, mas vou colocar a formação clássica de 1976: Clovis Salvador (Xoxão) cuíca, Luiz Venâncio (Zulu) surdo, Celso Rubens Soares (Aranha) tamborim, Claudio Xavier de Moura (Chão Preto) pandeiro, Claudio Roberto Pinto da Costa (Louzinha?) tumbadora e José Luiz da Silva (Zizo) no reco-reco. Reparem que eles não tinham componentes para instrumento de cordas, somente percussão, muito interessante, provavelmente quem na época fazia essa parte era o Pedro Ivo (baixo) , Carlos Silva (cavaco) e Moacir Gonçalves Filho (violão). 

Os músicos que participaram das gravações do trabalho da década de 90 foram; Edmilson Capelupi no violão de 7, Reinaldo Chulapa contra baixo, Lito Figueroa nos teclados, Marcos Arcanjo violão de 6 e guitarra, Ferrugem cavaco e banjo, Pimpa na bateria, Carlinhos Gonzales/Renato Pomba Gira no surdo e percussão e no coral Novos Crioulos, Tiana e Vera. 

Agradecimentos ao Sandro de Almeida Silva (Comunidade bandeira do samba no Facebook) por ter conseguido esta pérola pra gente.

Foto do grupo retirada do blog http://clovissalvador.blogspot.com.br/

Clique de novo crioulo na capa


http://www.mediafire.com/download/8028n2la9msgige/Novos+Crioulos+%281993%29+-+Prenuncio+da+Paz.rar