O chamado pagode paulista invadiu
as ondas dos rádios e as rodas de samba do Brasil em meados dos anos 90. Não é
novidade que muitos grupos surgiram e quando a onda arrefeceu muitos também ficaram
em alto mar à deriva. Mas teve a sua importância nas vidas das pessoas e movimentou
o mercado musical (shows, discos, músicos, compositores, arranjadores, instrumentos,
estúdios etc...). Hoje olhando pelo retrovisor um sem número de grupos e cantores passaram por essa vertente. Muita gente boa
surgiu, iniciou-se nas rodas de pagode, formou-se musico e depois seguiu seu caminho até
para outros gêneros musicais.
Tiveram seu espaço,
gravaram suas composições e alguns até fizeram o seu o pé de meia. Porém para
um músico de verdade não importa muito o dinheiro e sim em primeiro lugar a sua
música. Alguns acusam os grupos de pagode (rótulo esse criado pela imprensa) de
oportunistas. Outros de um movimento circunstancial. Mas de uma coisa ninguém
pode discordar, teve a sua identidade. O romantismo piegas muitas vezes era a palavra chave e marca registrada dos
pagodes, era amor rimando com flor... Comparando, mas tirando as devidas
proporções e importância, Cartola também falou de amor.
O blog dimiliduques sempre irá
postar alguns desses LPs e CDs de pagode e hoje é o dia do álbum Lição de Amor de
Macarrão do Banjo. Gravado em 1989 saiu pelo selo Choppapo. Para quem não
conhece o Choppapo era um bar/salão em São Bernardo do Campo onde era um dos pontos altos nos pagodes no ABC paulista.
Lá passou gente de grupos como Katinguelê e Pé de Moleque. Uma curiosidade é que o disco foi relançado tempos depois já com o nome de Israel do Carmo.
O disco teve arranjos de Rick
Batera e Prateado com participação de músicos como Belôba no tantan e complementos de ritmo, Marcelinho
no repique de mão e tantan, Royce no cavaco, Edmilson violão de 7, Celso violão de 6, Luizinho e Paulinho no cavaco e banjo, François no trombone, Prateado no baixo e complementos de ritmo, Clovão teclados, Rick na batera e complementos de ritmo, Tinho no surdo, Paulinho Pires pandeiro, coral: Cecilia, Claudia, Mônica, Marcelo, Vilma , Fatima, Pinha, Tiziu, Teo, Xavier, Beiço, Bi do Pandeiro, Deolindo, Luizinho, Vagner Cabeça e Paulinho Pires . Várias composições do próprio Macarrão e nomes como Carica, Prateado,
Almir Guineto e outros. Os arranjos, mesmo simples, dão um charme especial as
músicas e é bem a cara do início dos anos 90, com solos de teclados em algumas introduções
e a formação básica de pandeiro, repique, surdo, tantan ,bateria, baixo, cavaco, banjo e violão de 6 e 7 cordas.
Destaque para as músicas Frutos da Tamarindeira (Vaguinho/Preto Jóia/Ronaldo),
Paira no Ar (Alexandre), Maldade Inocente (Macarrão/Prateado) e Sambeiro (miguel/Ademir). Macarrão do Banjo depois mudou o nome
artístico para Israel do Carmo gravando uma faixa na coletânea da Choppapo e
trabalhos solos pelas gravadoras RGE, JWC, Sony Music e Premyer.
Clique no link da capa e paire no ar
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