O Rio Grande do Sul, não é só churrasco e
chimarrão é samba e swing também. E um desses representantes ilustres se chama
Jorge Moacir da Silva (Ilhota/Porto Alegre, 04 de Dezembro de 1946 – 05
de Agosto de 1999). Esse era o nome do talentoso, músico, cantor e compositor,
Bedeu. Começou na década de 70, quando fo para São Paulo e lá convivendo
com vários artistas que gravaram suas músicas. Gente como Jair Rodrigues,
Bebeto, Originais do Samba, Branca di Neve, Dhema e Wilson Simonal.
Em 1975 volta para Porto Alegre e lá com
seus amigos musicais Leleco Telles, Cy, Nego Luís, Alexandre e Leco para formar
o grupo de samba/swing Pau Brasil dos sucessos Minha Preta, Massagem e Grama
Verde. O grupo gravou dois LPs ,O Samba e Suas Origens em 1978 e Pau Brasil em
1979.
Depois disso ele se lançou como artista
solo, em 1983 grava o Africa no Fundo de Quintal pela Copacabana, com vários
suíngues que fizeram sucesso como Zimbabwe, Tá na Hora e Linda Natureza.
Paralelo a sua carreira, no Rio Grande do Sul, foi fundador da escola de samba
Acadêmicos da Orgia e compôs com Alexandre e Leleco Telles sambas enredo para
as escolas Areal Baronesa e Garotos da Orgia.
E 1988 duas músicas suas saíram na
coletânea Samba Rock em Dois Tempos da gravadora Continental, foram elas: Tribo
Guerreira e Kid Brilhantina. Nesse mesmo LP tem uma espécie de música / homenagem; Só Que Deram Zero
Pro Bedeu, uma sonzeira composta e cantada por Luiz Vagner.
Em 1993 gravou o segundo trabalho
intitulado Iluminado que tem a ótima Saudades do Jackson do Pandeiro, regravada
recentemente pelo grupo Clube do Balanço. Nessa mesma época o SBT lançou a
coletânea Remix Samba vol I e II , com Bedeu cantando no coral. E a gravadora
Warner lançou outra coletânea com nome de “Nos Bailes da Vida” com três
composições suas, Menina Carolina, Nega Olivia e Minha Preta.
O blog dimiliduques fala hoje do seu
trabalho lançado em 1998, intitulado Swing Popular Brasileiro. Que só saiu
devido ao apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. No CD
vários sucessos regravados e inéditas, com um dos seus últimos parceiros,
Totonho Villeroy.
Ainda em julho 1999 fizeram um show
tributo para arrecadar fundos para o tratamento da diabetes que o acometeu.
Esse trabalho saiu postumamente em CD (2001), onde reuniu no Auditório Araújo
Vianna, nomes como Pau Brasil, Nanci Araújo, Marcio Medina, Produto Nacional ,
Paulinho Romeu, Gelson Oliveira, Lucia Helena, Wilson Ney e outros.
No dia 05 de Agosto de 1999, Bedeu nos
deixou, vítima de complicações com a diabetes. Mas ele juntamente com
Luiz Vagner, Paulão da Tinga, Carlos Medina, Hélio Matheus, Pau Brasil e
outros, colocou de vez o Rio Grande do Sul no mapa do suingue e
samba-rock. Tem até um livro que fala um pouco dessa história chamado Suíngue, Samba-rock e Balanço: Músicos, Desafios e Cenários,escrito por Mateus Berger Kuschick.
Se deram zero pro Bedeu, eu dou dez!
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