Estava adiando (nem sei o porquê)
a postagem desse play, mas depois de já tê-lo perdido do HD , resolvi de uma
vez por todas resenhar. Já escrevi sobre o Biz Markie em outra oportunidade (leia
aqui) mas hoje é o sobre o LP Goin’ Off. Mano, viagem! só posso falar isso,
sempre sou transportado para 89 com esse disco, tudo bem ele foi lançado em 88
mas só um ano depois tive acesso ao mesmo. E isso foi através dos plays do meu
tio João Galo, mais conhecido como Função, aliás vários discos e músicas que
escutei na minha adolescência foi tudo
culpa dele (que bom!).
O álbum Goin’ Off do rapper Biz
Markie foi gravado entre 1987/1988 pela gravadora Cold Chillin/Warner Bros Music.
Foi o primeiro da carreira do rapper e que boa estreia!. Curiosamente as cinco primeiras faixas do disco,
inclusive o hit Vapors, foram compostas por outro rapper (e amigo pessoal de Biz),
Big Daddy Kane.
A produção ficou a cargo do
legendário DJ Marley Marl e participação nos vocais de TJ Shawn integrante da
Juice Crew All Stars. O scratchs foram do primo de Biz Markie e seu parceiro
nos shows, Dj Cool V. Eu gosto muito do
álbum todo, já que ele me remete a minhas tardes com o 3 em 1 ligado escutando
vinis de rap. Mas sempre há aquelas faixas em que você tirava a agulha e
colocava do começo, eu fazia isso com Vapors, Goin’Off, Albee Square Mall, Returno
of The Biz Dance e Cool V’s Tribute To Scratching.
A masterização é um caso a parte,
feita pelo engenheiro de som Herb Powers Jr. , o cara dominava as primeiras
caixas de ritmo da época, as TR 808/909 abusando dos seus graves altos (loud),
agudos nítidos e graves profundos nos chamados pumping bass (baixo sintetizado
com efeito “bombado”), o técnico já trabalhou em discos de LL Cool J, Ted Pendergrass, Blue Magic, Toni Braxton,
Keith Sweat e J.R. Funk And The Love Machine.
A capa é espalhafatosa, mostra a
imagem do rapper refletida num daqueles espelhos que eram atração nos parques
de diversões. A fotografia e design da capa é de George Du Bose que já realizou
trabalhos com B52’s, Ramones, Atlantic Star e Kid Creole And The Coconuts.
Alguns especialistas em rap
opinam que as letras desse trabalho eram um pouco óbvias e rudimentares, mas
foi o retrato de uma época, a maioria dos rappers de então não eram de todo
politizados e a rima mais lúdica e egocentrista prevalecia nas letras. Somados
a isso sua interpretação, com melodias em desafino, seu humor e seu improviso,
Isso poderia rumar para perda de identidade das ruas, mas ao contrário só
fortaleceu sua música. Sem dúvida o disco é um dos grandes clássicos da era de
ouro do Hip Hop, considerado um dos top 100 da revista Source de New York.
Fontes, sites: Allmusic, Discogs,
Wikipédia, MTVartists, disco-disco, blog Lost Jewells e Nerdtorius
Sinta os vapores clicando na
capa!
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