Um disco que também merece ser
celebrado e lembrado sempre que possível. É o Quem Tem Carinho Me Leva da
cantora e compositora Geovana. Com arranjos de Luiz Eça, Chico de Moraes, Nelsinho e Rildo Hora que també foi diretor de estúdio. O LP saiu
em 1975 pela RCA/Victor e foi relançado com duas faixas bônus em 2003 pela BMG/Ariola. Um outro detalhe curioso é que no CD relançado a grafia de seu nome saiu Geovana e no LP antigo esta como Giovana (aqui).
Geovana ou Giovana, na verdade se chama Maria
Tereza Gomes, tinha pais senegaleses, mas nasceu no Rio de Janeiro, no Bairro
da Tijuca e cresceu na favela da Rocinha. Tem o apelido carinhoso de Deusa Negra
do Samba Rock. Teve músicas gravadas por Clara Nunes (que gravou Rosa 25 no ano
de 1971), Almir Guineto (Tambores de Trinidad), Martinho da Vila (Diamante) e
outros artistas. Uma de suas composições mais famosas é o partido alto Ô Irene parceria sua com Beto Sem Braço
gravado por Fundo de Quintal e Reinaldo. Ela também fez parte da ala de
compositores da escola de samba Salgueiro.
O disco postado pelo blog
dimiliduques foi o primeiro trabalho de
Geovana. Antes ela havia defendido o samba Pisa
Nesse Chão Com Força no festival
Bienal do Samba em São Paulo, 1971. Música essa que saiu no LP de 1975 e é
muito boa. Do disco me lembro de outras que ouvi, ora pelos programas blacks de
São Paulo ora nas casas dos amigos discotecários.
Ao escutar o disco o contra baixo foi o que me chamou mais atenção, na ficha técnica constam o Luizão e o Sérgio Barroso, e mandaram muito bem. Outros grandes músicos participaram da gravação. Na bateria tivemos Wilson das Neves, Mamão e Robertinho. No violão o grande Dino e também Helio Delmiro. Viola de 12 cordas com Luiz Claudio e Toninho. E o que falar desses dois cavaquinistas feras, Canhoto e Neco. No surdo Gilberto D'Ávila, atabaques com Geraldo Bongô e no ganzá Everaldo. E mais complementos da percussão de Pedro Sorongo, agogô de Paulo D'Aquino e na flauta Tobu. O disco todo tem uma sonoridade meio grave, assim como a voz de Geovana, afinada mas descompromissada com afetações.
Ao escutar o disco o contra baixo foi o que me chamou mais atenção, na ficha técnica constam o Luizão e o Sérgio Barroso, e mandaram muito bem. Outros grandes músicos participaram da gravação. Na bateria tivemos Wilson das Neves, Mamão e Robertinho. No violão o grande Dino e também Helio Delmiro. Viola de 12 cordas com Luiz Claudio e Toninho. E o que falar desses dois cavaquinistas feras, Canhoto e Neco. No surdo Gilberto D'Ávila, atabaques com Geraldo Bongô e no ganzá Everaldo. E mais complementos da percussão de Pedro Sorongo, agogô de Paulo D'Aquino e na flauta Tobu. O disco todo tem uma sonoridade meio grave, assim como a voz de Geovana, afinada mas descompromissada com afetações.
Se liga na pegada e na percussão
africanizada do samba afoxé Taturuê. Na
faixa Amor dos Outros uma cuíca maneira
, junta-se a um belo violão de sete cordas acompanhado de um cavaco malandro. E o que falar da faixa Quem Tem Carinho Me Leva, com um cavaquinho afinadíssimo, um baixo arrebentando, uma viola
caipira e até uma bateria virando maravilhosamente. Tem o samba-afro, Para de
Chorar a Toa, ele é compassado no inicio como uma capoeira e tem até
um batuque de boca no meio. E a faixa bônus também fez muito sucesso, a Beijo Sabor Cerejeira.
Geovana de vez em quando se apresenta e canta seus sucessos nas noites. Ela tem outro disco lançado
pela gravadora Star Records, famosa entre os DJs por lançar LPs de coletâneas com o subtítulo “Mancha Apresenta".
O disco se chama, Canto Pra Qualquer Cantar e saiu em 1991 (vejaimagem).
Quem tem carinho clica na capa e leva!
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