Em 1991 nascia no Bairro do
Limão, na zona Norte de São Paulo, o Grupo Um Toque a Mais. O reduto em que mais tocavam era a baixada
santista. Onde acompanhavam vários artistas tais como Almir Guineto , Jorge
Aragão, Marquinhos Satã e outros. Desses artistas uma se tornou a madrinha do
grupo, a cantora Eliana de Lima. Fizeram muito sucesso na “época de ouro do
pagode” nos anos 90. Foi um dos primeiros grupos paulistas desse gênero a
participar do Domingão do Faustão. Mas já se apresentaram em vários programas
de TV tais como, Silvio Santos, Jô Soares, Raul Gil entre outros.
Um dos
maiores sucessos do grupo, é sem dúvida a música Vida Bandida que rolou nas
paradas de todo o Brasil. Mas lançaram musicas que ficaram nas mentes e nos
corações dos pagodeiros, tais como Marcas de Batom, Rainha da Inspiração, Por
Este Amor Somente Eu (Fotografia) e Linda História de Amor. Tive a oportunidade
de assistir a alguns shows do grupo. Formação clássica, com vocal de Luizinho, repique,
reco, tantã, pandeiro, violão e cavaco e lógico uma banda de responsa no apoio,
com teclados, percussão geral, bateria e baixo. Um som bem bacana, na raça e com talento. Se
não me engano eles foram o grupo da casa no Auge Bar, famoso na época como um
do vários redutos do pagode paulista.
O blog dimiliduques traz o
primeiro LP do grupo que saiu em 1991 pela gravadora TNT Records intitulado Da Água
Pro Vinho. Já começo elogiando a capa, preto e branco, estilo uma pauta musical
onde os componentes são “as notas”. Composições de gente de peso, como Carica,
Prateado, Douglas Sampa e Luzinho SP. Os arranjos foram de Reinaldo Chulapa,
famoso contrabaixista entre os pagodeiros que no disco também tocou seu
instrumento de origem. E na ficha técnica constam vários músicos bons; Biro do
Cavaco logicamente no cavaco, violão de 7 com Edmilson Capelupi, violão de 6 e
guitarra com Marcos Arcanjo, teclados de Ary Roland e na bateria Osni. Na percussão além de músicos
convidados os integrantes Vagner, Carlão, Beto e Luiz também deram sua palinha na
caixinha, ganzá, repique de mão e pandeiro respectivamente. Temos congas com
Mestre Dinho, no tamborim Nenê, no cobel/agogô Alvaro e no tantan /surdo
Adilson A.N. A curiosidade é que na contracapa traz os apelidos dos compositores, mas no selo do LP tem os nomes verdadeiros e completos.
O grupo ainda faz seus shows
esporadicamente nos redutos do samba. Tem sete álbuns gravados, já ganhou dois
discos de ouro e atingiu a marca de quase um milhão de discos vendidos,
lembrando que naquela época a pirataria praticamente inexistia e o vinil
predominava.
Dê um toque a mais e clique na
capa
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