Uma das bombas de rap lançadas em 1991, Death Certificate de
Ice Cube é sem dúvida alguma , um clássico. Nascido, O’Shea Jackson, no dia 15
de Junho de 1969 em Los Angeles. Ice
Cube começou a cantar rap na década de 80 no grupo C.I.A. (Cru In Action), onde
juntamente com o Sir Jinx (primo de Dr. Dre) e K-dee, lançaram um single em
1987 chamado My Posse. E parecia destino dele entrar num grupo com nome em
sigla, pois no mesmo ano estreava no N.W.A. (Niggers With Atitude). A biografia
do cara é longa, já que ele é escritor, produtor (musical e cinematográfico), empresário,
ator e diretor. Quem assistiu a Boys In The Hood lembrará o personagem durão e
folgado, Darin Doughboy, feito por ele no filme.
Mas hoje o blog dilimiduques traz o segundo álbum da carreira
do mano ( o 1º é o também foda, Amerikkkas Most Wanted). Com o título de Death
Certificate, saiu pelo selo Priority Records, que por sua vez é ligada a
Capitol Records e a EMI. Coisa de gente grande, que mereceria altos
investimentos correto? Errado! Para a gravação foram gastos míseros 18 mil
dólares. Só que veio o troco, pois só para se ter uma ideia, o disco saiu com
quase um milhão de cópias vendidas. E estreou em segundo lugar na parada
Billboard 200 e em primeiro na Billboard para álbuns de R&B/Hip Hop.
A produção foi de Boogiemen, Ice Cube e Sir Jinx (olha ele
de novo) e a mixagem de DJ Pooh. Na
época os lados do LP foram denominados Lado Morte e Lado Vida, a explicação era
meio filosófica No Lado Morte é a atualidade e o Lado Vida é a visão de para
onde devemos seguir. Nas letras o cara que já era o cérebro do NWA arregaçou. Assuntos
como jovens traficantes como na faixa A Bird in the Hand, na malandreada faixa
Color Blind ele manda uma reflexão para as gangs Bloods e Crips ficarem “de
boa” e se unirem. A faixa Alive on Arrival, meio que conta a capa do disco, um
jovem atingido por uma bala perdida em briga de gangs sangrando até a morte num
hospital. Em Look Who’s Burnin o assunto é as doenças sexualmente
transmissíveis, como a gonorreia. Tem
também a polêmica Black Korea, onde Ice Cube foi acusado de incitar a fúria
contra os descendentes coreanos nos distúrbios de Los Angeles em 1992. Essa
mesma faixa foi considerada uma resposta para a morte da adolescente negra
Latasha Harlins, morta com um tiro na cabeça por uma coreana, onde a mesma
acusava a jovem de estar furtando um suco de laranja em sua loja. Outra famosa
é a No Vasiline, onde literalmente mete o pau nos membros de seu ex grupo NWA.
Relançado em 2003 a Priorty Records colocou de faixa bônus How To Survive In
South Central, que saiu na trilha do filme Boys In The Hood.
A musicalidade e montagens são certeiras, samplers de
Parliament, James Brown , Marvin Gaye, Zapp, B.B. King, Blackbirds e outros
permeiam as produções. Gangsta na veia, G-funk até o osso, rap de primeira.
Clique na capa ou assine o certificado de morte
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