quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Regravações do pagode volume 5



Eita! essa interjeição de espanto é muito estranha e engraçada, sempre a ouvi nas conversas da família. E por falar em “sempre ouvi” é bom também ouvir o mesmo assunto, a mesma música em outras roupagens e visões. Assim começou a série Regravações Pagode e Samba que (eita!) já esta no seu quinto volume.  Nesse volume 5 achei mais uma versão da música Olhares e resolvi colocar novamente, completando três versões dela. Consta também uma rara regravação da música Pequena Palavra do Grupo Samba Primazia pelo grupo Puro Prazer. Tem também a famosa Agenda nas vozes de Beto Guilherme e grupo Chega Mais. E o que falar do partido Na Estica originalmente gravado pelo grupo Sensação na coletânea Pura Raiz e depois regravada pelos grupos Improviso e Abadengo. E o partido Seu Sorrir Tu Não Podes Chorar  que foi gravado pelo grupo Sob Medida em 1993 com o nome de Qua Qua Qua regravado pelo mestre Zeca Pagodinho no Cd Samba Pras Moças de 1995. Tem também o pagode Faces do Amor que na época não saiu no LP só no Cd Encanto do Exaltasamba gravada também pelo grupo Nosso Jeito. A tripla gravação da música Meigo Olhar. Enfim tem outras coisas mais no set list , clique na capa, baixe e escute.

Aqui você acha os outros volumes da série : Volume 1 , Volume 2, Volume 3 e Volume 4



http://www.4shared.com/rar/b6b_ZUkFba/Pagode_Samba_Regravaes_volume_.html?
Confira o Set List abaixo



terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os mestres do swing



O swing/suingue brasileiro! Parece pleonasmo , mas é a mais pura verdade. O brasileiro sempre teve esse algo a mais, não só para driblar com a bola nos pés, mas também para driblar as barreiras  do dia a dia e seus desafios. Na música então nem se fala! misturamos o que já é miscigenado pelos ancestrais com música europeia (portuguesa, espanhola e outras), africana, indígena, árabe e... bom a história musical no Brasil é longa e rica. Veja o maxixe, o samba, o choro, a bossa nova e por aí vai. Mas a coletânea de que o blog dimiliduques vai tratar hoje é de swing/suingue, sambalanço e outros adjetivos e rótulos que colocaram nesse ritmo. Lembrando que os mais tradicionais separam samba-rock colocando essa nomenclatura apenas como a dança em si, mas enfim...Não importa, vamos fazer uma viagem e tanta pelas ondas musicais dos anos 70/80. 

Vou chamar aqui de swing mesmo, o que vem a ser o ritmo? Vou usar meus parcos conhecimentos musicais teóricos para tentar situar. Basicamente é uma espécie de soul brasileiro, mas a pegada (ah a pegada!), o molho, a essência é Brasil. Jorge Ben foi um dos precursores e inventores da batida peculiar do violão. Tim Maia foi o cara que lapidou e sorveu da música black norte americana. Atualmente um cara que tem que ser citado é Marco Mattoli, um band leader de respetio com o Clube do Balanço. Mas tem vários com musicalidade de sobra para dar andamento nesse clã swingueiro.

Ou seja tudo isso no compasso ora do funk com  samba, meio bossa nova, só que um pouco mais ritmado e com elementos como contra baixo, violão, guitarra, bateria, teclados, piano, sopros, metais e batucada brasileira. Essa fusion deu muito certo e muitos outros artistas entraram na parada, uns mais obscuros (como Miguel de Deus e Paulão da Tinga) outros mais conhecidos (como Cassiano, Bebeto e Hyldon). Mas cada qual tirando sua onda, brincando seriamente com a música e colocando sua marca. 

Terra fértil para experimentalismos e psicodelismos. E as referencias são aos borbotões; baião, samba, forró, soul, funk, jazz, foxtrot, merengue, mambo, rumba, rock and roll... E reverencias são aos montes; Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Tom Jobim, Bola Sete, James Brown, Chuck Berry, Bill Haley, Sly and Family Stone... Mas o swing teve seu valor reconhecido principalmente pelo movimento negro e pelas equipes de baile de São Paulo e Rio de Janeiro. Outra peculiaridade é que o estado do Rio Grande do Sul é uma grande referência no assunto (são de lá, por exemplo, Grupo Pau Brasil, Bedeu e Luiz Wagner). E até hoje por lá as bandas de swing/sambalanço e seus derivados tem um vasto espaço para tocar e um público fiel.

Clique na capa e caia nesse swing

https://www.mediafire.com/?wt4y3fka1q3218n

Nas fotos da esquerda para direita no sentido horário: Bebeto, Boca Nervosa, Carlos Dafé, Dom Mita, Paulão da Tinga, Franko Xavier, Tony Bizarro, Tim Maia, Sócrates, Dom Richard, Marku Ribas e Helio Matheus.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Branca Di Neve meteu bronca no suingue




Muito já se falou e comentou sobre o artista Branca di Neve ou Nelson Fernandes Morais ou ainda simplesmente Nelsinho como era chamado pelos mais chegados do bairro do Bixiga. Nascido em São Paulo em 1951 ele foi um cantor, compositor e instrumentista respeitado no meio do samba e da MPB. Seu reduto era a Vai Vai, mas podia ir ao Camisa, na Barroca, onde fosse, que era bem chegado. Seu instrumento mais celebrado era o surdo, do qual tirava um som macio e de grave afinado que os mais empolgados o comparavam a um contrabaixo com baqueta. Branca tocou com Toquinho e com ele excursionou para o exterior. Tocou também com Luiz Vagner Guitarreiro, Jorge Ben Jor, Nara Leão e Baden Powel. 


Conseguiu o devido respeito como percussionista e por isso era chamado constantemente a tocar surdo para vários artistas em apresentações e nas gravações em estúdio. Foi frequentador assíduo de várias casas de shows como a São Paulo Chic, Som de Cristal, Aristocrata, Paulistano da Glória, Jogral, Cartola, Teleco Teco, Villa Samba, Barracão de Zinco, Moema Samba e por onde passou sempre fez a famosa canja ou acompanhou os artistas nesses palcos. Em 1978 entrou para o grupo Os Originais do Samba no lugar do falecido Rubão do surdo. Nas capas dos discos Clima Total de 1979 e num compacto de 1980 (aqui) se vê um Branca di Neve novinho e sorridente. 


Em 1981 ele já estava gravando o seu primeiro trabalho pela gravadora independente Mauricris com o título de Branca Mete...Bronca – Pobre Moleque. Ele ainda grafava  Branca “de” Neve e não “di Neve” como depois ficou conhecido. Era um compacto que já mostrava o caminho que iria trilhar, o “balansamba”, incluía as músicas Salgueiro Raiz (Luiz Carlos Xuxu/Branca de Neve) e Pobre Moleque (Valdir da Fonseca). Curiosidade que a música Salgueiro Raiz saiu depois no seu primeiro LP com umas pequenas modificações: no nome do autor Luiz Carlos tiraram o “Xuxu” e no título acrescentaram: Salgueiro “É Uma” Raiz, mas se trata da mesma música. Continuou na percussão só esperando uma oportunidade para registrar o seu talento e paralelamente se dedicou ao violão.


Até que em 1987 surgiu a chance de um LP inteirinho só seu. Finalmente iriam conhecer a voz rouca, mas cheia de estilo de Branca di Neve. E deu no que deu, o disco vendeu muito bem e as apresentações com sua banda (batizada com o nome de Mandela) estouraram. Uma carreira de sucesso pela frente era o que pretendia. Mas infelizmente o destino quis diferente, ele faleceu de derrame cerebral quando finalizava seu segundo LP (Branca Mete Bronca Volume 2) em agosto de 1989. Uma perda irreparável para a música, muita comoção de familiares, amigos e fãs. 


Esse é um daqueles personagens que merecia um documentário, um livro, sei lá uma atenção maior, pois tem uma trajetória digna e deixou um legado musical. Em 1996 numa coletânea da 105 Fm/Paradoxx saíram duas músicas inéditas em sua interpretação; Preces ao Infinito e Lá Vem Salgueiro. 


Nessa coletânea abre-se um registro para um grande deus-nos-acuda, a música Lá Vem Salgueiro é a mesma Salgueiro é Uma Raiz, mudando apenas os arranjos, pois foram gravados em períodos diferentes. Haja vista que existe o samba exaltação, da Escola de Samba Salgueiro com o nome de Lá Vem Salgueiro, na verdade a letra que foi feita pelo Branca di Neve usa-a como música incidental. Botando mais lenha na fogueira, não confundir com a Lá Vem Salgueiro gravada pelos Originais do Samba, outra letra e outra pegada...só queria saber como ficou os direitos autorias dessa mistura toda...


O blog dimiliduques põe a disposição o LP Branca Mete Bronca – Volume 1.Foi gravado no estúdio Gravodisc em São Paulo e saiu pela gravadora Continental em 1987. No repertório músicas compostas por Branca di Neve, Zelão, Marku Ribas, Jota Veloso, Itamar Assumpção, Jorge Ben Jor, Bedeu e outros. Eu pessoalmente gosto muito das faixas, Boca Louca, Reprise, Pensamento Verde, Salgueiro É Uma Raiz, Kid Brilhantina e A Cor de Deus. Outro detalhe é que a ótima faixa Nego Dito (de Itamar Assumpção), saiu nos dois volumes. Tempos depois Charles Gavin lançou pela WEA, no volume 6 da série Dois Momentos os dois discos da carreira de Branca di Neve. 


O volume 1 é um disco bem balançado, alegre, colorido com metais certeiros e um suingue brasileiro de apuro e criatividade. Um clássico dos bailes e dos programas de rádio das grandes equipes black. Era frequente escutar seu som  na Band FM (Programas da Black Mad, Zimbabwe, Chic Show, Band Brasil), USP FM (O Samba Pede Passagem do grande Moisés da Rocha) e Sambalanço da Manchete FM.


Os arranjos foram do Maestro Edson José Alves e na gravação os músicos participantes foram - Pandeiro: Renato Pomba Gira, Tumbadora e Repique: Fredd, Tumbadora: Zé Roberto Peninha, Cuíca e Pandeiro: Osvaldinho da Cuíca, Repique: Mané do Arte Final, Timba: Valtinho do Arte final, Surdo: Branca di Neve, Bateria: Toninho Pinheiro, Baixo: Arismar do Espírito Santo, Guitarra: Edson, Teclados: Michel, Trombones: François/Azevedo, Sax: Cacá/Lambari/Pique Riverti/Pecci, 1º Trumpete: Tanilson, 2ºTrumpete: Nahor, Coral: Angela, Pérsio, Davi, Marcio, Quirino, Silvinha, Mônica Bastos e Vera Coutinho. 

 Clique na capa e suingue (contem duas faixas bônus: Pobre Moleque e Preces ao Infinito)

http://www78.zippyshare.com/v/76179585/file.html






segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Vale a pena ouvir de novo! volume 4 das regravações de pagode e samba.


Mais um volume da série Regravações de Samba e Pagode, agora estamos no volume 4 com muita coisa legal e interessante. Por exemplo mais duas versões da música Procura-se Um Amor (que já havia saído em outras duas versões no volume 1) agora nas vozes de Solange e grupo Sensação. Tem também a belíssima O Show Tem Que Continuar e dose quádrupla!.  Um achado com a música Queria Te Conhecer  que eu só conhecia na voz de Buiu do Grupo Soweto, mas o grupo Swing de Familia regravou (em uma coletânea) com o título de Me Liguei na Sua. Uma regravação da música Vontade Sem Fim do grupo Puro Prazer com o grupo Ruanda. E o sucesso Recado a Minha Amada que saiu no CD do Grupo Arte Final quando o Juninho ex-Katinguelê fez parte dele, e a música foi regravada com o nome de Lua Vai. Enfim mais outras versões/regravações que valem a pena ouvir. Em tempo, quem perdeu os outros volumes aproveitem e baixem aqui: Regravações Pagode e Samba - volume 1 ,  Regravações Pagode e Samba - volume 2 , Regravações do Pagode e samba – volume 3

Re-clique na capa porque vale a pena ouvir de novo


http://www.4shared.com/rar/SMACmsdwba/Pagode_samba_regravaes_volume_.html 

Playlist