segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Repost: Xangô da Mangueira grande partideiro do mundo do samba

Sr. Olivério Ferreira, mais conhecido como Xangô da Mangueira, nascido em 19 de Janeiro 1923 no bairro do Estácio, Rio de Janeiro, foi um célebre partideiro. Começou seus passos na extinta escola de samba União de Rocha Miranda, depois foi para a Portela e ficou próximo de Paulo da Portela. Quando Paulo foi para Lira do Amor ele o acompanhou, mas tempo depois pediu permissão ao mestre para entrar na Mangueira. Paulo da Portela que tinha muita amizade na verde e rosa o indicou para a diretoria.

Xangô então começou a crescer dentro do samba tornando-se antecessor de Jamelão como intérprete da escola na avenida e depois integrou a ala de compositores, bateria e por anos foi diretor de harmonia. Lançou quatro LPs na década de 70. Faleceu aos 85 anos em  7 de Janeiro de 2009 por problemas no coração. Deixou vários sambas compostos e gravados por gente como Clara Nunes, Clementina de Jesus, Martinho da Vila e Roberto Ribeiro. Seguiu carreira artística no samba se apresentando por todo o Brasil, uma das últimas vezes que o vi, estava acompanhado pelo grupo Quinteto em Branco e Preto na TV Cultura em novembro de 2002. Uma curiosidade é que Xangô da Mangueira apesar de carregar nome de orixá no nome artístico, no final de sua vida foi budista.

O blog dimiliduques na postagem de hoje coloca o LP gravado em 1972 pela Copacabana, intitulado O Rei do Partido Alto. Sonoridade bem crua como pedia os bons sambistas e partideiros. Sem muita enrolação, cavaco, tamborim, surdo, prato, cuíca, viola, pandeiro e a voz experiente e malandra de Xangô. Uma constante nos sambas de Xangô é a referência interiorana, a composição, Quando Vim de Minas é só um exemplo disso. Mas Xangô não era de Minas e sim sua mãe, nascida em Ubá, já seu pai era paulista de Campinas. Nesse LP destaque para Moro na Roça, recentemente Zeca Pagodinho versou em cima dela no seu DVD Acústico MTV de 2003.

Se o Pagode é Partido tem um clima descontraído e rimas bem versadas. Tem também Olha o Partido com sincopado na voz/melodia e cavaco solo muito bem executados. Mas todas as faixas tem seu clima de partido e samba de terreiro, para quem escuta, parece fácil para Xangô cantar e versar.

Só pra rimar igual partideiro, clique na capa e baixe por inteiro






quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Mais um carnaval



Onde esta a magia de um samba enredo? na minha opinião são vários fatores que me fazem gostar de um samba nesse estilo. Lógico que primeiramente a letra e depois a melodia. E nesse quesito existem realmente aqueles que eu daria nota 10. Não sou expert no assunto, por isso os sambas enredo aqui reunidos são puramente de cunho pessoal, nada de análises mais históricas. Nessa coletânea tem coisas óbvias como Salgueiro de 93, Mocidade Independente 91, Mangueira 94 e outros como Unidos do Cabuçu de 1988 e Estácio de Sá de 1987 que são  lembranças de infância. 

Para quem já sentiu de perto uma bateria sabe bem a emoção que é.  Apesar dos enredos aqui reunidos na coletânea do blog dimiliduques serem a maioria do Rio de Janeiro tenho o maior respeito as escolas da terra da garoa. Eu que sou paulistano e são paulino de coração já fui até na quadra da gaviões! a bateria deles é de responsa é a famosa ritimão. Tem a Vai-Vai numa pegada de macaco profissa, sem contar a Vila Maria reduto do samba chamada cadência da vila, Peruche com seu rolo compressor, a camisa Verde e Branco chamada de A Furiosa, a Nenê que é de bamba... Olha pra falar a verdade até a rapaziada se reunindo num jogo ou num bar para batucar com surdos, tamborins, caixas , chocalhos  e repiniques já tiram a maior onda e alegram o ambiente.

Clique na capa e ponha o bloco na rua!


 
http://www.4shared.com/rar/eoHdkVByba/Coletneas_de_Sambas_enredo_sel.html

O la la ô...Marchinhas para animar


É tempo de carnaval! Vocês sabiam que a origem dos carnavais se deu pela Europa, nos idos de 600 A.C. na Grécia? Depois a igreja católica em 560 D.C. também fez o seu festejo onde comemoravam o carnaval que deriva do latim “carnevale”.  

Na Europa no período vitoriano (metade do séc. XIX) as pessoas se fantasiavam e iam foliar nas ruas principalmente Paris. As máscaras faziam sucesso e naquela semana o “pecado” era permitido. Por isso que o carnaval já foi chamado de festa profana e outras coisas.

No Brasil essa tradição dos desfiles foi trazida pela corte portuguesa e imigrantes europeus, em meados do século XVIII, na figura do entrudo. Já no final do séc. XIX os desfiles se davam nas ruas e uma das “folias” era passar jogando água de cheiro , confetes e serpentinas nos foliões que se aglomeravam. Era uma coisa mais aristocrata e o povo era mero coadjuvante (de lá pra cá mudou um pouco). Os protagonistas eram a alta sociedade em seus carros abertos, fantasiados. E a coisa evoluiu e se adaptou em cada estado,  tivemos e temos os cordões, os blocos,  os salões,  as escolas de samba, sambódromos, trios elétricos...

No carnaval das décadas de 20 até 60 as marchinhas ditavam o ritmo. Muitas vezes eram compostas usando como tema os acontecimentos políticos e sociais do ano que se passou. Mas também abusavam da galhardia e do humor.

Essa coletânea aqui postada traz as marchinhas que fizeram bastante sucesso e até hoje são cantadas nos Carnavais de rua. Entre elas: Me Dá Um Dinheiro Aí, Cabeleira do Zezé, Bota a Camisinha, Nós os Carecas, A Jardineira, O Abre Alas, Índio Quer Apito, Pierrô Apaixonado e outras. Uma pena que peguei essa compilação na internet e não veio informação nenhuma, das bandas que estão a tocar. Mas enfim vale a intenção. Na hora da orgia e da folia o povo quer mesmo é pular, dançar e cantar.

Clique na capa e caia na folia

http://www.4shared.com/rar/PI_SHbg-ba/Marchinhas_De_Carnaval_2013.html