quinta-feira, 31 de março de 2016

Lava Jato musical



Nesses tempos de Lava Jato eis uma trilha nominalmente perfeita, do filme Car Wash uma comédia de 1976. A trilha foi composta pelo grupo Rose Royce, sim parece uma artista solo, mas é um grupo de Los Angeles. Na verdade a banda se chamava Total Unlimited e depois que saiu da Motown sobre a tutela de Norman Whitfield que os levou para gravar em sua empresa Whitfield Records  e mudou nome da banda para Magic Wand. 

Só que nesse ínterim Norman conheceu o diretor Michel Schultz que queria uma banda para compor e gravar a trilha sonora do seu filme Lava Jato (Car Wash). A banda entrou de cabeça no projeto, lendo o roteiro para compor as canções e visitando o set de filmagem para se inspirar e se ambientar nos cenários. Foi aí com essa convivência com automóveis que mudaram o nome da banda para Rose Royce, fazendo uma brincadeira com a sonoridade da marca de carro Rolls Royce. 

O álbum é bem funkeado, com disco music e soul de primeira, bem gravado e arregimentado. Só um aviso; a coletânea que o dimiliduques esta colocando é o “The Best”, tem um LP que é a trilha inteira, esse aqui postado só contém o créme de la créme. A trilha foi tão bem aceita que ficou em primeiro lugar nas paradas Billboard, levando de carona o grupo para o sucesso.

A banda era formada pela vocalista  Gwen Dickey (aka Rose Norwalt) , Kenny Copeland (trompete, vocal),  ,Kenji Brown (guitarra e vocais), Lequeint "Duke" Jobe (baixo) , Victor Nix (teclados) , Henry Garner (bateria) ,Freddie Dunn (trompete) ,Michael Moore (saxofone) ,Terry Santiel (congas) e Michael Nash (teclados). 

Destaco as músicas: Car Wash, Zig Zag, You Gotta Believe, Yo Yo, Put Your Money Where Your Mouths Is e I Wanna Get Next To You (se não me engano essa ultima foi usada o sampler dela em Povo da Periferia do Ndee Naldinho e me lembrou também muito um trecho da musica Revanche de Léo Maia).
A banda teve algumas musicas regravadas por artistas como Mary J. Blige, Madonna, Joe Cocker, Seal, En Vogue, Christina Aguilera e outros.
  
Lançaram quatro álbuns na carreira, que durou até 1980: Car Wash (1976- MCA), Rose Royce II: In Full Bloom (1977 - Whitfield Records), Rose Royce III: Strikes Again (1978 - Whitfield Records) e Rose Royce IV: Rainbow Connection (1979 - Whitfield Records).

Passa a esponja do mouse aí na capa e lave a alma;

http://www.mediafire.com/download/sk7hu9bmdkhths3/Soundtrack+-+Car+Wash+-+1976+by+tchelo.rar


terça-feira, 29 de março de 2016

Trilha sonora da novela Os Ossos do Barão

Trilhas sempre me envolveram, primeiro penso na pessoa responsável pela escolha do repertório e que responsa!  como é feita essa escolha? quais os critérios? etc. Mas enfim, são apenas divagações, só sei que dentre os muitos produtores dessas trilhas os que eu me lembro mais são; Nelson Motta, Guto Graça Mello e Mariozinho Rocha, música de qualidade que caia nas mãos desses, agradasse, se encaixasse com o tema da novela e com algum personagem, ia para a trilha...seria assim?. Creio que a maioria das músicas sim, outras sempre tem aqueles apadrinhamentos e jeitinhos que todo mundo sabe né, mas é normal nesse mundo do entretenimento. Ter uma música numa novela global é sinônimo de orgulho para o artista e para o compositor. Além de entrar uma graninha indiretamente, com os direitos autorais e shows que virão dessa exposição da música para milhões de pessoas diariamente. Para se ter uma ideia as trilhas de Dancin' Days e Roque Santeiro venderam juntas mais de dois milhões de discos.

O blog dimiliduques coloca a disposição os temas de uma novela dos anos 70,  Ossos do Barão que saiu pela gravadora especialista na área, Som Livre. A novela foi escrita por Jorge Andrade e dirigida por Regis Cardoso e Gonzaga Blota  com supervisão de Daniel Filho. Foi exibida mais precisamente de 10 de outubro de 1973 a 31 de março de 1974, período que durou os seus 150 capítulos.  Pelo que li, o elenco continha grandes atores como Dina Sfat, Lima Duarte, José Wilker, Grande Otelo, Paulo Gracindo, Renata Sorrah... Não assisti a novela original, pois nem era nascido, e nem recentemente quando ela teve uma repaginação pelo SBT em 1997.

Mas vamos para trilha Internacional! mas antes contarei sobre a minha sensação quando este LP caiu em minhas mãos. Logo de cara li: Kool and The Gang e Steve Wonder, fiquei entusiasmado. Pois minhas dúvidas caíram por terra quando botei o vinil na agulha. Kool and The Gang com Jungle Boogie, Barry White/ Love Unlimited Orchestra  com Love´s Theme e The Stylistics com You Me Make me Feel Brand New, já valeriam a audição do disco. Só que tinha mais, as (pelo menos para mim), desconhecidas New Bell Hard Pulsation de Manu Dibango e a instrumental  Forgotten Tears da Free Sound Oschestra fariam a cabeça de qualquer DJ antenado. Destaque também para Reuben Howell e a inspirada versão de  When a Man Loves a Woman. Realmente a produção musical de Eustáquio Sena foi de primeira qualidade e lembrando que saiu outro LP da mesma “franquia” com a trilha nacional.


Agradecimentos ao blog http://bugrim.blogspot.com.br/ onde tem várias trilhas de novelas.

Mude o canal e sintonize na capa abaixo para baixar.






quinta-feira, 24 de março de 2016

Ah Se Não Fosse o Samba...se não fosse o Bezerra



O ano 1989, eu era molequinho, mas já tinha ouvidos atentos para os vinis que rolavam por aí, um deles é esse do sambista Bezerra da Silva. Se Não Fosse o Samba... eis o título do LP que saiu pela gravadora BMG/RCA. Um finado primo distante foi quem me emprestou o disco, ele acabou morrendo em meados de 95/96 numa briga de bar e levou umas facadas, que descanse em paz Hernanes. 

Esse disco me marcou muito, começando pela capa, malandragem pura, isso era o deleite para a rapaziada da favela. E Bezerra era meio que um porta voz da bandidagem, rótulo que ele renegava, dizendo simplesmente cantar a realidade dos morros e favelas.  Quem quiser entrar um pouco nesse universo Bezerra de ser, sugiro os ótimos documentários Onde a Coruja Dorme e O dia em que o Bambu Quebrou no Meio. 

Não tenho muito o que falar do Bezerra da Silva, já que sou fã, ele sempre fez um tipo de som inigualável. Ninguém conseguiu cantar as letras que ele cantou com tanta propriedade e legitimidade. O instrumental também era algo que chamava a atenção por sua simplicidade, sem muita firula, mas aberto a experiências vide a música Apolo do Samba gravada em 1979 que tem uma voz robótica "imitando" um marciano. Li até um livro sobre sua pessoa – Produto do Morro (aqui)  muito bom por sinal, que conta seu inicio sofrido de carreira, a treta com seu pai e outros detalhes de sua vida. 

O cantor tem admiradores nas mais distintas esferas, cadeeiros, delegados, antropófagos, psicólogos, maconheiros, universitários, traficantes, playboys e outros mais. Desse disco dificilmente conseguirei destacar só uma música, mas sempre tenho as minhas preferidas e as que fizeram mais sucesso, começando pela faixa título, Se Não Fosse o Samba (Carlinhos Russo/ Zezinho do Valle)  que fala da opção do jogo do bicho, É o Bicho É o Bicho (Simões PQD/Adelzonilton) virou até bordão da malandragem, Língua de Metrô (Bicalho, Capri e Silvio Modesto) um esculacho só e a criativa As 40 DP’s (Gil de Carvalho). Poxa tem muito samba maneiro aqui, dá pra deixar a carne assar, a cerva gelar e as músicas rolarem de ponta a ponta. 

http://www.mediafire.com/download/faaw5xbbfi52ca2/Bezerra+Da+silva+-+%281989%29+Se+n%C3%A3o+fosse+o+samba+by+tchelo.rar