Jovelina Farias Belfort ou
unicamente a nossa Jovelina Pérola Negra (Rio de Janeiro, 21 de julho de 1944 –
Rio de Janeiro, 02 de Novembro de 1998). A cantora de voz forte e peculiar é
uma das damas do samba e seu estilo tem certa influencia de Clementina de
Jesus. Falando nisso as duas antes do sucesso trabalharam como empregadas
domésticas. O apelido de Pérola Negra foi dado pelo colega Dejalmir que a
levava para os pagodes na região de Coelho Neto, Belfort Roxo e Botafogo. E
segundo explicação foi devido a sua cor reluzente. A cantora e pastora da
escola de samba Império Serrano, tem seu repertorio mais calcado no partido
alto, estilo que gostava desde a época que curtia os sambas de Bezerra da
Silva, do qual era fã declarada. Uma das suas primeiras gravações foi em 1985,
na coletânea Raça Brasileira, com as músicas Bagaço da Laranja (dueto com Zeca
Pagodinho), Feirinha da Pavuna e Pomba Rolou. E no ano posterior lançou o seu
solo. Ao longo da carreira lançou vários sucessos como, Luz do Repente, Banho
de Felicidade, Sorriso Aberto, Garota Zona Sul, Menina Você bebeu, O Dia Se
Zangou...
O blog dimilidiques traz o LP Sorriso
Aberto, o terceiro da cantora, gravado em 1988 pela RGE. Com arranjos de Ivan
Paulo e Mauro Diniz (que também tocou cavaco e banjo). Grandes feras
participaram da produção, tais como, Gordinho no surdo, Alceu Maia no cavaco,
Arlindo Cruz no banjo, violão de 6 Paulão, violão de 7 Jorge Simas, trombone
Zeca do Trombone, bateria de Wilson das Neves, pandeiro Bira Hawai, Tamborins
Milton Manhães, repique de mão Marcelinho e outros. Nas composições temos
Guará, Arlindo Cruz, Adilson Bispo, Zé Roberto, Beto S/ Braço, Carlito
Cavalcanti, Capri, a própria Jovelina e outros mais. Mesmo começando tardiamente a carreira ( aos
41 anos de idade) a discografia da sambista conta com cinco álbuns solo entre
1986 a 1989, ganhando o Disco de Platina.
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