segunda-feira, 21 de julho de 2014

Grupo Relíquia da zona leste de São Paulo



O grupo Relíquia foi formado em 1987 em Itaquera zona leste de São Paulo. No início da carreira tinham ligação bem forte com a escola de samba Leandro de Itaquera, tanto é que em 1988 venceram a disputa com o enredo Babalotim interpretado por Eliana de Lima, considerado na época um dos melhores sambas do carnaval de São Paulo. Entre apresentações e festivais foram trilhando seu caminho. Em agosto de 1988 o grupo obteve o primeiro lugar no festival de samba na escola de samba Leandro de Itaquera, onde o mestre Lagrila foi um dos idealizadores do evento. No mês seguinte ganharam também o festival da escola de samba Passos de Ouro (que se tornaria a X-9 paulistana). 

Depois de ser o grupo da casa do Aconchego’s Bar na Vila Formosa foram tocar num dos mais respeitados redutos do pagode da capital paulista, o bar e choperia Só Pra Contrariar. E foi lá a primeira gravação do Relíquia na coletânea Só pra Contrariar e Seus Convidados Volume 1.  Lp esse lançado no final do anos 80 pelo empresário da noite Jorge Hamilton. As faixas foram Me Ensina a Ser Feliz (Beto Guilherme/Didi Graveto) e Próximo Samba (Carica/Soró/Miltinho). Sem contar que se apresentaram ao lado de vários sambistas como Marquinhos Satã, Grupo Raça, Beth Carvalho, Eliana de Lima e outros. O Relíquia ainda foi o grupo da casa no Sambarylove antes de gravar o seu álbum solo. 

O primeiro trabalho saiu em 1992 é o “Tá Tudo Aí”, pela Five Star Records. Desse disco destacaram-se as músicas Vasto Coração (Rodney e Claudinho Oliveira) e Segunda Vez (Claudinho Oliveira/Renê Uchôa). Interessante notar que o sucesso fez da faixa Segunda Vez escolhida para coletâneas da 105 Fm (Disk Brasil/Kaskatas em 1994) e Sucesso do Pagode da Paradoxx Music em 1995.  A partir daí o grupo começou a ser requisitado para outros locais desde a capital e interior de São Paulo a outros estados brasileiros como Mina Gerais e Rio de Janeiro. E fizeram todo o circuito “obrigatório” de divulgação se apresentando em programas de TV, nas quadras de escola de samba, SESC , ginásios esportivos e casas de shows. Dentre as casas podemos citar o Terra Brasil, Viva Brasil, Polo North, Caipilona, Consulado da Cerveja, Terraço, JB Sambar, Mistura, Jambo Mix, Sky Bier e outras.

O blog dimiliduques põe a disposição o trabalho lançado em 1995, intitulado “Mudanças” pela até então desconhecida Nenê Records. Mas o disco fez um relativo sucesso, alcançando principalmente quem curtia a noite do samba/pagode em São Paulo. Destaque para as faixas Trilha Principal (Chiquinho dos Santos/Paulinho Sampagode e Luiz Carlos), Juras de Amor (Sandro Valério), Triste Dor (Rodney e Preá)  e Rosa Amarela (Marcelo Lombardo e Alexandre Faria).

Desse trabalho participaram no violão de 6 e arranjos Carlinhos Noronha,  nos teclados Ary Roland, violão de 7 Marcelo Mont’serrat, cavaquinho e banjo Ferrugem e Carlão, baixo Paulo Paulelli, bateria Rick, surdo, congas e ganzá Carlinhos Gonzales, repique , tantan e pandeiro Bigu e Robinho, tamborim, afoxé e agogô Perninha e Rodney. Nas composições além dos integrantes do grupo, nomes como Chrigor, Paulinho Sampagode, Marcelo Lombardo, Chiquinho dos Santos e outros. O grupo na época era formado por Carlão (cavaco), Sandrão (violão), Bigu (repique), Rodney (tantã), Robinho (pandeiro), Anderson (teclados), Dema (contrabaixo) e Douglas (bateria). Uma curiosidade é que a contra capa traz uma homenagem a um dos componentes que tocava reco-reco e faleceu.

Já em 1997 foram convidados pela Transcontinetal FM para integrar a coletânea Transpagode com as músicas Tá de Brincadeira e Vem Me Amar.

Em 1998 foi a vez do CD Viagem ao Infinito, lançado de forma independente e distribuído com recursos próprios da Relíquia Produções Artísticas.  O grupo passou por várias mudanças desde o início, em 2003 por exemplo dois integrantes da formação original, Bigú e Carlão lançaram paralelamente o CD Pagode Purinho. Tempos depois os dois chegaram a voltar para o Relíquia e participaram da gravação ao vivo do CD no Consulado da Cerveja. Infelizmente Bigú já faleceu em 2008. O grupo continua na ativa e se apresenta esporadicamente com novos componentes junto aos fundadores Carlão, Rodney e Robinho.



Clique na capa e baixe essa relíquia

https://www.mediafire.com/?gad9ncg7on3uy97






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