segunda-feira, 18 de julho de 2016

Bis do Biz...só no vapor do hip hop

Estava adiando (nem sei o porquê) a postagem desse play, mas depois de já tê-lo perdido do HD , resolvi de uma vez por todas resenhar. Já escrevi sobre o Biz Markie em outra oportunidade (leia aqui) mas hoje é o sobre o LP Goin’ Off. Mano, viagem! só posso falar isso, sempre sou transportado para 89 com esse disco, tudo bem ele foi lançado em 88 mas só um ano depois tive acesso ao mesmo. E isso foi através dos plays do meu tio João Galo, mais conhecido como Função, aliás vários discos e músicas que escutei na minha adolescência  foi tudo culpa dele (que bom!).

O álbum Goin’ Off do rapper Biz Markie foi gravado entre 1987/1988 pela gravadora Cold Chillin/Warner Bros Music. Foi o primeiro da carreira do rapper e que boa estreia!. Curiosamente as cinco primeiras faixas do disco, inclusive o hit Vapors, foram compostas por outro rapper (e amigo pessoal de Biz), Big Daddy Kane.

A produção ficou a cargo do legendário DJ Marley Marl e participação nos vocais de TJ Shawn integrante da Juice Crew All Stars. O scratchs foram do primo de Biz Markie e seu parceiro nos shows, Dj Cool V.  Eu gosto muito do álbum todo, já que ele me remete a minhas tardes com o 3 em 1 ligado escutando vinis de rap. Mas sempre há aquelas faixas em que você tirava a agulha e colocava do começo, eu fazia isso com Vapors, Goin’Off, Albee Square Mall, Returno of The Biz Dance e Cool V’s Tribute To Scratching.

A masterização é um caso a parte, feita pelo engenheiro de som Herb Powers Jr. , o cara dominava as primeiras caixas de ritmo da época, as TR 808/909 abusando dos seus graves altos (loud), agudos nítidos e graves profundos nos chamados pumping bass (baixo sintetizado com efeito “bombado”), o técnico já trabalhou em discos de LL Cool J,  Ted Pendergrass, Blue Magic, Toni Braxton, Keith Sweat e J.R. Funk And The Love Machine.

A capa é espalhafatosa, mostra a imagem do rapper refletida num daqueles espelhos que eram atração nos parques de diversões. A fotografia e design da capa é de George Du Bose que já realizou trabalhos com B52’s, Ramones, Atlantic Star e Kid Creole And The Coconuts.

Alguns especialistas em rap opinam que as letras desse trabalho eram um pouco óbvias e rudimentares, mas foi o retrato de uma época, a maioria dos rappers de então não eram de todo politizados e a rima mais lúdica e egocentrista prevalecia nas letras. Somados a isso sua interpretação, com melodias em desafino, seu humor e seu improviso, Isso poderia rumar para perda de identidade das ruas, mas ao contrário só fortaleceu sua música. Sem dúvida o disco é um dos grandes clássicos da era de ouro do Hip Hop, considerado um dos top 100 da revista Source de New York.

Fontes, sites: Allmusic, Discogs, Wikipédia, MTVartists, disco-disco, blog Lost Jewells e Nerdtorius

Sinta os vapores clicando na capa!







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