terça-feira, 22 de abril de 2014

Certificado, Ice Cube deu muito certo fazendo seu rap



Uma das bombas de rap lançadas em 1991, Death Certificate de Ice Cube é sem dúvida alguma , um clássico. Nascido, O’Shea Jackson, no dia 15 de Junho de 1969 em  Los Angeles. Ice Cube começou a cantar rap na década de 80 no grupo C.I.A. (Cru In Action), onde juntamente com o Sir Jinx (primo de Dr. Dre) e K-dee, lançaram um single em 1987 chamado My Posse. E parecia destino dele entrar num grupo com nome em sigla, pois no mesmo ano estreava no N.W.A. (Niggers With Atitude). A biografia do cara é longa, já que ele é escritor, produtor (musical e cinematográfico), empresário, ator e diretor. Quem assistiu a Boys In The Hood lembrará o personagem durão e folgado, Darin Doughboy, feito por ele no filme.

Mas hoje o blog dilimiduques traz o segundo álbum da carreira do mano ( o 1º é o também foda, Amerikkkas Most Wanted). Com o título de Death Certificate, saiu pelo selo Priority Records, que por sua vez é ligada a Capitol Records e a EMI. Coisa de gente grande, que mereceria altos investimentos correto? Errado! Para a gravação foram gastos míseros 18 mil dólares. Só que veio o troco, pois só para se ter uma ideia, o disco saiu com quase um milhão de cópias vendidas. E estreou em segundo lugar na parada Billboard 200 e em primeiro na Billboard para álbuns de R&B/Hip Hop. 

A produção foi de Boogiemen, Ice Cube e Sir Jinx (olha ele de novo)  e a mixagem de DJ Pooh. Na época os lados do LP foram denominados Lado Morte e Lado Vida, a explicação era meio filosófica No Lado Morte é a atualidade e o Lado Vida é a visão de para onde devemos seguir. Nas letras o cara que já era o cérebro do NWA arregaçou. Assuntos como jovens traficantes como na faixa A Bird in the Hand, na malandreada faixa Color Blind ele manda uma reflexão para as gangs Bloods e Crips ficarem “de boa” e se unirem. A faixa Alive on Arrival, meio que conta a capa do disco, um jovem atingido por uma bala perdida em briga de gangs sangrando até a morte num hospital. Em Look Who’s Burnin o assunto é as doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia.  Tem também a polêmica Black Korea, onde Ice Cube foi acusado de incitar a fúria contra os descendentes coreanos nos distúrbios de Los Angeles em 1992. Essa mesma faixa foi considerada uma resposta para a morte da adolescente negra Latasha Harlins, morta com um tiro na cabeça por uma coreana, onde a mesma acusava a jovem de estar furtando um suco de laranja em sua loja. Outra famosa é a No Vasiline, onde literalmente mete o pau nos membros de seu ex grupo NWA. Relançado em 2003 a Priorty Records colocou de faixa bônus How To Survive In South Central, que saiu na trilha do filme Boys In The Hood.

A musicalidade e montagens são certeiras, samplers de Parliament, James Brown , Marvin Gaye, Zapp, B.B. King, Blackbirds e outros permeiam as produções. Gangsta na veia, G-funk até o osso, rap de primeira. 


Clique na capa ou assine o certificado de morte

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