quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um Pixote não mais inocente

A rapaziada do Grupo Pixote já está na estrada a mais de 20 anos. O grupo foi formado na zona sul de São Paulo no inicio dos anos 90. Existia um bar numa praça (Pça Alexandre F. Rebouças) na qual rolava um samba próximo a Estrada do Alvarenga e lá (ainda adolescentes), tocavam com o nome de Revelação do Samba. Depois mudaram o nome para Pixote, que é o nome de um samba gravado por Zeca Pagodinho. A praça era lotada e sempre apareciam por lá integrantes e músicos dos grupos de pagode e compositores. O dono era o simpático Celsão e certa vez ele me confidenciou que aquela praça tinha uma magia especial, pois todo grupo que lá tocava conseguia ao menos gravar alguma faixa. Pois é, certa época o grupo da qual eu fazia parte (Filosofia do Amanhã) tocou lá e não é que um ano depois ganhamos um festival e gravamos uma faixa! Outros grupos que por lá passaram e também sentiram a tal “magia da praça” foram: Luz e Poesia, Sorrindo Assim, Sob Medida, Toca da Raposa, Aquela Imagem,  Cultural Samba, Só Querer, Eterna Aliança, Simplicidade,  Só Prazer  e olha que todos esses gravaram ao menos uma faixa em coletânea.

Mas voltando a falar do Pixote, a primeira vez que gravaram foi em 1992 na coletânea Pagode de Primeira volume 2, da gravadora Zabadak Records, com as músicas Sonho Real e Sonho de Poeta. Ali Douglas Dodô já provava que tinha muita lenha vocal para queimar. A rapaziada era talentosa e tinha por trás um cara que zelava por eles, que era o Zinho, espécie de empresário e paizão.  Mas depois do primeiro álbum gravado houve algumas mudanças de rumo e saíram Zinho , Wallace do cavaco, Sandro do repique e o Zé do reco-reco. Mas enfim a vida é assim mesmo, mas no fundo se provou que a bússola musical deles estava no caminho certo. A formação ficou com Thiaguinho nos teclados, Tiola no tantanzinho, Du no Pandeiro, Mineiro no violão e Dodô nos vocais. Daí pra frente é só história , com 11 trabalhos lançados e sucesso absoluto por onde passam.


O blog dimiliduques deixa pra vocês o primeiro CD solo deles. Saiu em 1995 pelo selo Zimbabwe com título de Brilho de Cristal. Apesar de simples, a gravação num todo foi bem feita e eles provaram que tinham estrela. Teve arranjos de Marcelo Rea, que também tocou violão. A escolha do repertório foi do Bira Haway, que contou com nomes como Mito, Wagner Bastos (Waguinho ex- Os Morenos), Carlito Cavalcanti, Moisés Santiago, Delcio Luiz, Alceu Maia e outros. Na seleção de músicos também alguns feras; Marcelo Lombardo no cavaco, Arlindo Cruz no banjo, Reinaldo Chulapa baixo, Eduardo Neto nos teclados, Edu Peixe e Duda Mendes na bateria, na percussão Bira Haway, Fumaça e Wagner Bastos. E nos backing vocals Adriana Drê, Sérgio, Thelma Regina, Marcos Sanchez e Angela Santana. Foi desse trabalho que a música Brilho de Cristal e a regravação de Cada Um Cada Um estouraram no rádio.










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