O samba e pagode também tem as
suas musas e talentosas representantes. Uma que fez sucesso e balançou os
quatro cantos da cidade foi Adryana Ribeiro. Adryana de Carvalho nasceu em
Outubro de 1973 na cidade de São Paulo. Desde os cinco anos estudou canto
lírico, além de fazer piano e ballet. Começou como cantora de jingles para
comerciais. Quem deu a primeira oportunidade em sua carreira foi o estilista e
apresentador Clodovil Hernandez. Na ocasião ela se apresentou pela primeira vez
na TV.
Em 1994 fez uma audição na Sony Music e foi aprovada para gravar um álbum
solo. Ela gravou os álbuns Sempre Sou Eu em 1994 e Em Busca do Sol em 1997. De
2000 a 2003 se apresentava como Adryana e a Rapaziada. O grupo tinha uma pegada
mais pop e comercial, na produção de Arnaldo Saccomani. Logico que ela não foi
forçada, apenas resolveu tentar e misturar outros ritmos, pois quem canta
muitas vezes tem que arriscar e se despir de preconceitos. Se por um lado fugiu
do samba mais tradicional, Adryana conseguiu ficar conhecida em todo o Brasil.
Adryana pagou um preço por esse
ecletismo musical, pois o público e os críticos costumam não poupar cantores
que mudam de ritmo a todo instante. Em alguns momentos sua carreira se perdeu
por isso, era pop, sertanejo, pagode, samba, MPB, mas nunca se firmava em nenhum
deles. Parecia algo fabricado por
produtores, empresários, gravadoras, agências de publicidade e Adryana fechava
os olhos e mergulhava na viagem. Após a gravação de três CDs com o grupo ela
retomou sua carreira solo com o CD Brilhante Raro em 2005. Conseguiu
emplacar a música “Saudade Vem” no
rádio, mesmo com o pagode e as gravadoras em baixa. Em 2011 lançou o CD
Direitos Iguais, trabalho esse em que foi produtora.
Adryana Ribeiro é uma ótima
cantora, tem técnica, é bonita e consegue a empatia com o público. O blog
dimiliduques coloca a disposição de todos, o primeiro trabalho de sua carreira
em 1995. A gravadora foi a multinacional Sony Music e o título do álbum é
Sempre Sou Eu, que também foi uma das faixas mais executadas. Nesse álbum ela fez uma dedicatória para Clara
Nunes na contracapa, teve a participação e aval de Luiz Carlos do Raça Negra,
Martinho da Vila, Rildo Hora, Demônios da Garoa e Rafael Rabelo.
Mas nesse
primeiro trabalho ela já dava mostras de estar mais aberta ao lance comercial. A faixa Sempre Sou Eu, por exemplo é uma balada pop romântica, um pagode feito para o
sucesso. O disco, e isso depende do ponto de vista, pode ser considerado irregular ou
pode-se dizer que o repertório foi eclético. Aqui Adryana mesmo com sua
inexperiência (em partes já que ela já havia entrado em estúdios para a
gravação de jingles) mostra sua voz forte e afinada.
Segurar a tradição de
sambistas mulheres é muito pesado, apesar que pode ter sido esse o componente
que a fez enveredar por outros caminhos. Pois com representantes como Ivone
Lara, Beth Carvalho, Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra, Clementina de Jesus e Clara Nunes é navegar em mar revoltoso, tem que ter além do talento nato, a perseverança. E mesmo com todo esse contexto ela teve seu
respeito e marcou seu nome no território no pagode dos anos noventa. O mais
novo projeto é a gravação de músicas de Jorge Ben Jor em roupagens mais dançantes.
Mudou o estilo e mudou até a nomenclatura para Adrhyana Rhibeiro.
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