Algumas coisas já foram faladas
sobre o grupo Kiloucura, mas todo mundo do mundo do samba concordava com três
fatos: os caras eram músicos feras, era uma panela e não ia durar muito tempo.
Bom não deixou de ser verdade.
O grupo foi formado em 1997 e
tudo começou com o convite recebido pelo banjolinista e compositor Delcio Luiz,
pela gravadora BMG Ariola para um trabalho solo. Ele havia acabado de sair do Grupo Raça e ao invés de enfrentar a empreita sozinho resolveu montar um dream team de pagodeiros. Os componentes
já tinham uma boa bagagem de samba e eram conhecidos no meio. Eram eles:
Prateado compositor, baixista e arranjador, Luiz Claudio Picolé cavaquinhista
revelado no pagode da Tia Doca, Gerson Du Pand pandeirista e showman no
instrumento e Bigode, músico percussionista que já havia trabalhado com Almir
Guineto, Zeca Pagodinho e outros.
Em 1998 gravaram um CD, ou seja,
com uma receita infalível em pleno auge do pagode 90, não deu outra, sucesso!. Para
se ter uma ideia o disco saiu com 100 mil cópias vendidas, depois chegou a
marca de 500 mil. Muitas músicas legais nesse trabalho, começando com Pela Vida
Inteira (Charles André/Riquinho) que explodiu e foi tema da novela global Suave
Veneno, assim como Meu Casamento (Delcio Luzi/Marquinho PQD) trilha da novela
Louca Paixão na Record. Outros destaques são; Falando Sério (Delcio Luiz/Altay
Veloso) e Mulher da Minha Vida (Delcio Luiz/André Renato). Mas as que realmente
chamaram minha atenção pelo arranjo, melodia e letra foram Radiante
(Picolé/Prateado), Dona da Minha Alegria (Luiz Claudio Picolé), Ontem , Hoje e
Amanhã (Delcio Luiz/Picolé e Prateado) e Tudo que Sonhei (Delcio
Luiz/Prateado). Nesse trabalho a produção foi de Bira Hawai e os arranjos foram feitos por três cabeças, Evaldo Santos, Jota Moraes e Prateado. E no time de músicos, só feras, como Arlindo Cruz e Marcelo Lombardo nos banjos, Gordinho no surdo, Marcio Hulk e Mauro Diniz com seus cavacos e muitos outros, veja na ficha técnica mais abaixo.
Gravaram em 1999 o trabalho
intitulado Diamante, uma das produções mais caras do pagode na época
(experimente ler a ficha técnica com dezenas de instrumentos e músicos). No começo de 2000 Prateado saiu
do grupo, seguido por Delcio Luiz, com a saída dos dois componentes chaves, Picolé
ficou como líder natural, mas as gravações do Ao Vivo - Chega de Silêncio, pela
EMI, já estavam adiantadas por isso
ainda saíram na capa os componentes da formação original que participaram
efetivamente da gravação no palco. Em 2003 mais um "Kiloucura Ao Vivo” pela independente
gravadora Futura, esse com novos
componentes misturados com alguns remanescentes como Bigode, Du Pand e Picolé. E
o mais recente trabalho do grupo lançado em 2006 de maneira independente com
título de Fé. Agora reformulado com integrantes novos (Max vocal e percussão)
Petterson (vocal e violão) e Marcelo China (vocal e teclados) somados a
experiência de Bigode o único remanescente fundador ainda no grupo. Só um
adendo aqui, na última foto e noticia sobre o grupo o Bigode não estava mais e
havia entrado outros componentes, na verdade a essência do grupo acabou faz
tempo, ficando somente o nome fantasia para algum empresário ainda trabalhar
algum resquício de sucesso.
Agradecimentos pelos encartes a Antonio Carlos do Amaral Cardoso da comunidade no facebook - Bandeira do Samba
Agradecimentos pelos encartes a Antonio Carlos do Amaral Cardoso da comunidade no facebook - Bandeira do Samba
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