A sambista Elaine Machado nasceu
na Tijuca-Rj mais precisamente no hoje Morro do Borel. Desde pequena ela já
cantava e aos 17 anos resolveu se arriscar nu show de calouros no Cassino do
Chacrinha. Se deu bem e ficou em segundo lugar, participando várias vezes. Isso
tudo escondido de seus pais, já que mulher cantando naquela década de 70 era
mal vista. Aos 20 anos se casou e deu uma parada, retornando depois da
separação, a cantar em hotéis e rodas de samba cariocas. Nos anos 80 na roda de
samba Casa de Bamba de Vila Isabel conheceu alguns sambistas que iriam lhe
ajudar na carreira, entre eles Beto Sem Braço, Martinho da Vila e Tião Graúna.
Desses, Beto Sem Braço se tornou uma espécie de padrinho artístico da moça, a
levando para cantar na quadra do Cacique de Ramos e de muitas escolas de samba
do Rio de Janeiro.
E assim começou
participando de um LP da gravadora RCA em 1980 chamado Forró com Malícia na
faixa Pra Tirar Coco (Beto Sem Braço/Jorginho Saberás/Bevilaqua), curiosidade
que nesse LP seu nome saiu grafado erroneamente como Eliane e sem o sobrenome.
Consta ainda um LP nesse mesmo ano da gravadora Keitel intitulado Samba de Roda
de Salvador com a faixa Dona de Casa e novamente seu nome saiu com a grafia
errada: Elane (sic). Participou em 1984 no LP Funeral de Um Ricardão, do
sambista Dicró, na música Uso e Abuso (Dicró e Nilo Bahia). Em 1988 lançou o segundo
LP solo pela RGE, intitulado Tempo de Festa. Mas retrocedendo no ano de 1985, que foi o
grande trunfo de Elaine Machado, a
gravação das faixas Pingueira (Elaine Machado/ G Martins e Matias de Freitas) e
a faixa título da coletânea Raça Brasileira (Elaine Machado/Zé do Cavaco e
Matias de Freitas). Esse LP lançado
pela RGE teve vendagem acima da média, fato esse que abriu os olhos das gravadoras para o pagode dessa turma. Para se ter uma ideia da relevância da
coletânea, ela tinha a participação de Zeca Pagodinho, Mauro Diniz, Pedrinho da
Flor e Jovelina Perola Negra todos em começo de carreira.
Elaine Machado tem
uma voz forte e afinada, até hoje anima as rodas de samba. Podemos dizer que
era uma voz que não ficava nada a dever para as consagradas Beth Carvalho e Alcione.
O esperado sucesso não veio nas proporções que merecia, mas todos que são do “movimento
samba” a conhecem e lhe dão o devido respeito e reconhecimento.
O dimiliduques coloca a
disposição o disco da Elaine Machado, que foi lançado pela RGE em 1986 chamado
Jeito Maneiro. Com arranjos de Ivan Paulo, coordenação de produção de Marcos
Salles e foi produzido e dirigido por Milton Manhães. Gravado no épico estúdio Transamérica no Rio
de Janeiro em Fevereiro/Março de 1986. Na contracapa há uns interessantes
agradecimentos: A Tendinha da Maria e
Irene , Maria telefonista e Jadir guarda. Dos músicos participantes muita gente de gabarito, como Sombrinha no violão de 7, Mauro Diniz no cavaco, Sivuca no acordeom e na percussão/pandeiro tem o Bira de Souza, seria o Bira da Vila? e outros (ao final vide ficha técnica).
Dentre as faixas destaco; Moenda (Nei Lopes) samba bem ligeiro e com pegada, Jeito Maneiro (Mathias de Freitas e Zé Maria de Angola) que tem um belo solo de cavaco e levada que lembra os pagodes da Jovelina Perola Negra, Comida Boa (Jaiminho da Vila) partido alto do bom, Calanguear (Totonho/Efson) um calango com balanço forrozeiro bem ao gosto do Milton Manhães e Prendas do Lar (Marquinhos Lessa e Almir Araujo) essa com uma melodia triste, letra meio melancólica com um lindo solo inicial de flauta. É um disco bem produzido, com uma sonoridade bem samba dos anos 80, ouso compara-lo nesse quesito ao do Zeca Pagodinho lançado no mesmo ano.
Dentre as faixas destaco; Moenda (Nei Lopes) samba bem ligeiro e com pegada, Jeito Maneiro (Mathias de Freitas e Zé Maria de Angola) que tem um belo solo de cavaco e levada que lembra os pagodes da Jovelina Perola Negra, Comida Boa (Jaiminho da Vila) partido alto do bom, Calanguear (Totonho/Efson) um calango com balanço forrozeiro bem ao gosto do Milton Manhães e Prendas do Lar (Marquinhos Lessa e Almir Araujo) essa com uma melodia triste, letra meio melancólica com um lindo solo inicial de flauta. É um disco bem produzido, com uma sonoridade bem samba dos anos 80, ouso compara-lo nesse quesito ao do Zeca Pagodinho lançado no mesmo ano.
Agradecimentos das informações da ficha técnica para Sandraiky Pissardini do blog http://sambandonovinil.blogspot.com.br/
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Um comentário:
Agradecemos a preferencia ....fique a vontade
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